Suspeito de chefiar máfia dos ingressos no Rio tem prisão decretada e foge
Raymond Whelan, o CEO da Match, deixou o hotel Copacabana Palace quinze minutos antes da chegada dos policiais, que cumpririam a decisão da Justiça
A Justiça decretou a prisão preventiva de Raymond Whelan, o CEO da Match, acusado de ser o principal fornecedor do esquema de venda ilegal de ingressos da Copa do Mundo. A juíza Joana Cortes, da 7ª Vara Cível, titular em exercício do Juizado Especial do Torcedor e Grandes Eventos, recebeu a denúncia encaminhada pelo Ministério Público. Na tarde desta quinta-feira, a Polícia Civil do Rio foi até o hotel Copacabana Palace, onde está alta cúpula da Fifa, e descobriram que o inglês havia fugido cerca de 15 minutos antes da chegada dos agentes.
Segundo o delegado Fábio Barucke, da 18ª DP, Whelan fugiu do Copacabana Palace por volta de 16h15, pela porta dos fundos. De acordo com o responsável pela investigação, a fuga do acusado foi flagrada pelas câmeras de vigilância interna do hotel. Quando foi preso na segunda-feira, Whelan foi encontrado com 84 ingressos em seu quarto. Apesar disso, e de ter mantido contato telefônico com cambistas, a Fifa ainda insiste que o suspeito não tinha qualquer relação com entradas e que “não existe nada comprovado”.
Whelan, diretor da empresa Match Services e parceira da Fifa, foi solto na madrugada de terça, mediante pagamento de fiança de 5.000 reais, deixou uma garantia de que não vai fugir e informou que permanecerá em um endereço na Barra da Tijuca, no Rio. Na ocasião, a Match, por meio de uma nota, indicou que Whelan iria continuar a trabalhar na operação da Copa do Mundo. A empresa ainda informou que vai dar “apoio total às investigações” e que “Ray será exonerado”. No momento da prisão, Whelan negou que tivesse qualquer tipo de contato com a quadrilha.
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(Com Estadão Conteúdo)