Surfe: etapa do Rio é adiada e WSL anuncia final em novo formato para 2021
A partir do ano que vem, os dois melhores surfistas da temporada por pontos corridos se enfrentarão em uma “finalíssima”
A pandemia de coronavírus também está afetando o Mundial de surfe, cuja temporada de 2020 nem chegou a começar. A World Surf League (WSL) anunciou nesta terça-feira, 28, o adiamento de seus eventos previstos para junho, a etapa de Grajagan, na Indonésia, e de Saquarema, prevista inicialmente para os dias 18 e 27 de junho na Região dos Lagos do Rio de Janeiro. A entidade informou que segue monitorando a situação da Covid-19 em todos os países e que a próxima atualização do calendário será divulgada em 1º de junho. Também foi anunciada uma importante mudança no formato da temporada de 2021.
“Onde e quando iremos realizar nossos eventos este ano ainda é uma questão muito indefinida. Mas continuamos trabalhando com os governos dos países, as autoridades de saúde e com nossas comunidades locais sobre o retorno das atividades”, afirmou o o CEO da World Surf League, Erik Logan. Antes das etapas de junho, os três eventos da perna australiana, que abririam a temporada em março e abril, também tiveram de ser suspensas.
A maior novidade diz respeito à temporada de 2021. A partir do ano que vem, o campeão mundial não vai ser mais definido por pontos corridos, com a soma dos nove melhores resultados em 11 etapas. O título passará a ser decidido em um confronto direto entre os dois melhores surfistas da temporada regular, no último dia da temporada.
A decisão foi motivada pelo sucesso do último ano, em que, por coincidência, o título foi decidido em uma “finalíssima” entre os brasileiros Ítalo Ferreira, que acabou com o título, e Gabriel Medina, nos tubos de Pipeline, no Havaí.
“O título mundial sendo decidido na final entre os dois melhores surfistas da temporada é super emocionante”, afirma o representante dos surfistas da WSL, Conner Coffin, dos Estados Unidos. “Eu assisti a cada segundo do último dia do Pipe Masters no ano passado. Foi um grande momento para o esporte, então, é emocionante pensar que, a partir de 2021, o título mundial será sempre decidido assim.”
“Sinto que o novo formato aumenta a intensidade de toda a batalha pelo título mundial”, completou a bicampeã mundial Tyler Wright, da Austrália. “A diferença é que você ganha na água, o que é importantíssimo! Tudo vai depender somente de você e de mais ninguém. Esse tipo de intensidade, esse tipo de pressão competitiva aumenta o nível e é mais emocionante.”