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Sob a sombra de escândalo, Fifa realiza eleição

Apesar do impacto das revelações sobre corrupção na entidade, o atual presidente Joseph Blatter ainda é o favorito contra o jordaniano Ali bin al Hussein, seu único rival no pleito

Dois dias depois da prisão de sete de seus dirigentes acusados de corrupção, a Fifa realiza nesta sexta-feira em Zurique, na Suíça, a eleição para decidir quem será o presidente da entidade. Sob impacto do escândalo, o atual presidente Joseph Blatter perdeu apoios importantes em sua tentativa de mais uma reeleição – o cartola está no poder desde 1998 -, mas continua o favorito contra seu único adversário no pleito, o príncipe jordaniano Ali bin al Hussein. A contagem dos votos, que deve ter início às 12h (de Brasília), acontece durante o 65º Congresso da entidade, realizado com pompa, apesar das circunstâncias, na arena Hallenstadion.

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Do lado de fora do evento, manifestantes que pediam maior fiscalização nas obras da Copa de 2022, no Catar, e grupos pró-palestina protestavam. Uma das ativistas pró-Palestina conseguiu entrar no local do Congresso, interrompendo uma fala de Blatter, mas foi rapidamente contida pelos seguranças. Em seguida, houve uma ameaça de bomba, mas a polícia suíça concluiu que era apenas um alarme falso. A eleição da Fifa nesta sexta foi mantida por insistência de Blatter, que rejeitou os pedidos de adiamento do evento depois das revelações sobre o esquema de corrupção. O chefe da Fifa, aliás, também rejeitou o “conselho” do presidente da Uefa, Michel Platini, para que deixasse o cargo.

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Favorito absoluto na eleição antes das prisões, o cartola suíço continua com chances maiores de vencer, mas sofreu um revés nos últimos dois dias, com muitas das 209 confederações declarando apoio a Ali bin al Hussein. Além da Uefa, de Platini, o príncipe jordaniano também ganhou o apoio das federações dos Estados Unidos, do Canadá, do Panamá, da Austrália e da Nova Zelândia.

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O presidente da Federação de Futebol da Holanda, Michael Van Praag, que era um dos postulantes à presidência da entidade, mas retirou sua candidatura e agora apoia o jordaniano, opinou que o príncipe tem chances de ganhar e adiantou que, se isso não ocorrer, o resultado final será bastante apertado. “Nunca acreditei nos blocos e nesta ocasião há alguns que estão claramente divididos. Esta votação é secreta e cada um pode fazer o que quiser”, acrescentou.

Durante a chegada ao Hallenstadion, vários delegados se negaram a falar com os jornalistas, mas aqueles que aceitaram fazer declarações estavam divididos quanto a suas preferências.

Delegados de países africanos e de pequenas ilhas que contam com federações nacionais de futebol com direito a voto no Congresso manifestaram seu apoio a Blatter. Por outro lado, os europeus que responderam aos questionamentos da imprensa foram unânimes em apoiar o príncipe jordaniano.

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(Com agência EFE)

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