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Sharapova perde patrocinadores após resultado positivo em exame antidoping

A ex-número um do mundo assumiu toda a responsabilidade por seu erro e pode enfrentar uma longa suspensão da Federação Internacional de Tênis

Três dos principais patrocinadores de Maria Sharapova cortaram suas relações com a tenista russa depois que a estrela admitiu ter testado positivo em um exame antidoping realizado em janeiro, durante a disputa do Aberto da Austrália, em Melbourne.

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A gigante esportiva Nike, a empresa suíça de relógios TAG Heuer e a empresa automotiva alemã de carros de luxo Porsche rapidamente se distanciaram da vencedora de cinco torneios do Grand Slam depois que a tenista admitiu, na última segunda-feira, numa entrevista coletiva em Los Angeles, ter sido pega em um teste. “Estamos tristes e surpreendidos com a notícia sobre Maria Sharapova”, disse a Nike em um comunicado. “Decidimos suspender o nosso relacionamento com Maria enquanto a investigação continua. Nós continuamos a monitorar a situação”.

ATAG Heuer disse que não iria renovar o seu contrato com a atleta. Seu acordo com Sharapova expirou no final de 2015, disse a empresa, e eles estavam realizando reuniões para renová-lo. “Diante da situação atual, a marca de relógios suíça suspendeu negociações e decidiu não revisar o contrato com a senhorita Sharapova”, disse a companhia em um comunicado.

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Enquanto isso, a Porsche disse que tinha “decidido adiar suas atividades previstas” com a tenista “até que mais detalhes sejam conhecidos e possamos analisar a situação”.

Sharapova disse na segunda-feira que havia testado positivo em um exame para Meldonium, uma substância proibida neste ano pelas regras da Agência Mundial Antidoping (Wada, na sigla em inglês). A ex-número um do mundo assumiu toda a responsabilidade por seu erro e pode enfrentar uma longa suspensão da Federação Internacional de Tênis, que deve significar o fim da sua temporada, a impedindo de representar a Rússia nos Jogos Olímpicos do Rio.

A russa disse que tomou Meldonium, um medicamento que aumenta o fluxo sanguíneo, durante dez anos por vários problemas de saúde. A substância foi proibida porque aumenta o oxigênio no sangue e a resistência, e foi detectado que vários atletas de diferentes esportes o consumiam. Sharapova e todos os jogadores do circuito receberam um comunicado sobre as mudanças na lista de substâncias proibidas da Wada em dezembro.

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Sharapova acumula 35 títulos e premiações superiores a US$ 36 milhões (mais de R$ 136 milhões). Ela está em sétimo lugar no ranking mundial apesar de só ter jogado três torneios e a final da Fed Cup nos últimos oito meses, desde Wimbledon, por causa de lesões.

A russa seria a atleta mais bem paga do mundo, com vários contratos de patrocínio e numerosos projetos empresariais, como a linha de doces Sugarova. A Forbes estimou que ela recebeu US$ 29,5 milhões (R$ 111,6 milhões) em 2015.

(Com Estadão Conteúdo)

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