Seleção fecha montagem do time com confiança e alegria
A primeira etapa do caminho até o hexa foi cumprida. Agora vem a preparação final e, enfim, a Copa. Confira imagens exclusivas da goleada de quarta-feira
“Não tenho dúvida, estamos prontos”, avisou o capitão Thiago Silva. “Fizemos uma Copa das Confederações maravilhosa e agora fechamos a preparação com chave de ouro”
Quem diria, exatamente um ano atrás, que a seleção brasileira estaria tão pronta para disputar a Copa do Mundo faltando menos de cem dias para a estreia? Em março de 2013, o técnico Luiz Felipe Scolari já tinha feito sua reestreia no comando da equipe, com derrota para a Inglaterra em Wembley. Ninguém saberia dizer qual seria a escalação para as partidas seguintes, contra Itália e Rússia. Hoje, é possível não só escalar o time titular inteiro como prever, com pequena margem de erro, quais serão os 23 nomes que serão anunciados por Felipão na casa de shows Vivo Rio, em 7 de maio, data da convocação para o Mundial. A seleção de Scolari encerrou a primeira fase de sua preparação para a Copa – a montagem do time titular e do grupo de suplentes – na quarta-feira, goleando a África do Sul, em Johannesburgo. O time já soma sete vitórias consecutivas, e treze triunfos nos últimos catorze jogos. Confiante, competitiva e unida, a equipe não lembra em nada a seleção errática e imprevisível de Mano Menezes. O próximo passo depois da convocação é a apresentação para a fase final de treinos, em 26 de maio. A equipe terá mais dois amistosos no país antes de abrir a Copa, em 12 de junho, contra a Croácia, em São Paulo.
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“Não tenho dúvida, estamos prontos”, avisou o capitão Thiago Silva depois do amistoso de quarta. “Fizemos uma Copa das Confederações maravilhosa e agora fechamos a preparação com chave de ouro. Agora é descansar e jogar os campeonatos que temos que disputar com nossos clubes, porque vamos fazer de tudo para conquistar o Mundial.” O principal líder do grupo de Felipão disse que a goleada na África “dá moral, motivação e confiança” ainda maiores antes do início da concentração para a Copa. O goleiro Júlio César, único titular da Copa passada que manteve sua posição para o Mundial deste ano, foi um pouco mais contido que o capitão, mas também se disse satisfeito. “Levando em consideração que não jogamos as Eliminatórias, a gente está num nível bom. Mas tem muita coisa ainda para melhorar”, prometeu. Uma característica comum no discurso de todos os atletas depois da partida foi a satisfação em participar do grupo – algo que Felipão valoriza muito. O centroavante Fred, que perdeu os últimos jogos da equipe por contusão, se dizia feliz com a chance de “matar a saudade da amarelinha”. “É muito bom jogar com esse grupo. Um grupo vencedor e de muita qualidade.”
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Satisfeito com o desempenho dos dois novatos em seu grupo na partida de quarta (o volante Fernandinho, que fez um lindo gol, e o lateral Rafinha), Felipão confirmou que está com a lista quase pronta na cabeça, mas voltou a repetir que a relação não está fechada, até por causa do risco de algum imprevisto. “A porta não está fechada para ninguém”, avisou. “Nunca se pode fechar 100% a lista. Alguns se lesionam, até num treinamento, um ou dois dias antes da convocação, ou mesmo no dia do jogo! Nós nunca fechamos a lista. Continuamos achando que temos uns 95% de definição. Mas sempre tem uma vaga.” Fernandinho parece ter aproveitado a porta aberta para permanecer no grupo. “Ele fez um golaço, mas não gostei dele apenas pelo golaço. Foi pela participação, pelos passes”, explicou o técnico, que inclusive observou o jogador em duas posições diferentes, como primeiro volante (na etapa inicial) e segundo volante (na segunda metade do jogo). “Ele jogou razoavelmente bem nas duas funções. Está entre os nomes que podem ser chamados.” O técnico não quis dar pistas sobre as definições que ainda faltam até 7 de maio, mas avisou que não pretende fazer improvisações (Daniel Alves, por exemplo, jogou pelo lado esquerdo no segundo tempo de quarta). “Foi um teste só porque poso precisar disso no decorrer de algum jogo. Mas vou tentar levar dois atletas de cada posição.”
(Com Estadão Conteúdo)