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Seleção de Tite encara sua primeira turbulência: ‘Aprendizado’

Treinador e atletas admitiram nervosismo na estreia, mas ressaltaram lições do empate em 1 a 1 contra a Suíça

SOCHI – O empate com a Suíça na estreia pode não ter sido desastroso, mas colocou a seleção de Tite em uma inédita situação de desconforto. Rostos tensos em campo, nas entrevistas e na zona mista de Rostov evidenciaram a frustração do time que precisa vencer a Costa Rica na próxima sexta-feira para retomar a confiança. Após o 1 a 1 deste domingo, o Brasil lamentou as chances perdidas – mais até do que os possíveis erros de arbitragem – e falou em “aprendizado” após o tropeço.

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Até chegar ao Mundial, o time de Tite acumulou uma campanha impecável: 17 vitórias, três empates e uma única derrota (em amistoso pouco relevante contra a Argentina), com 47 gols marcados e apenas cinco sofridos. Mas diante da forte equipe suíça, sexta colocada do ranking da Fifa, o time não teve regularidade e correu alguns riscos. Segundo Tite, a ansiedade foi o principal problema.

“Até o momento do gol do Coutinho, a equipe pressionou, mas depois se retraiu, o que não é nossa característica. Estávamos muito ansiosos, apressando demais o momento das finalizações e por isso fomos muito imprecisos. Poderíamos pelo menos ter feito o goleiro deles trabalhar mais, tivemos muitas chances para finalizar.”

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Tite também viu o Brasil assustado depois do gol de Zuber. “Nestes momentos de Copa você tem de absorver o momento de levar o gol, às vezes trabalhar a bola atrás, fazer o adversário correr e sofrer. Depois do gol, emocionalmente a equipe sentiu. Esse é um momento de aprendizado.”

O treinador ainda comentou sobre sua declaração da véspera do jogo, de que um empate ou derrota não seria uma tragédia, pois, historicamente, seis ou até cinco pontos são suficientes para avançar as oitavas. “Claro que a minha expectativa era de vitória, claro que não estou contente com o empate. Eu apenas dei um dado estatístico e disse que essa competição tem uma característica. Essa foi minha intenção.”

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Atletas admitem nervosismo

Dos 11 titulares, apenas Thiago Silva, Marcelo, Paulinho, Willian e Neymar já haviam disputado uma Copa. O time admitiu nervosismo, mas alguns dos atletas mais experientes passaram pela zona mista e pregaram calma neste inédito momento de tensão.

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“Agora temos de pensar primeiro no próximo passo e jogar bem contra a Costa Rica”, disse Renato Augusto, que entrou no segundo tempo e garantiu estar bem fisicamente. Renato, que trabalhou com Tite no Corinthians, ressaltou a capacidade do treinador de motivar seus atletas em momentos de incerteza.

“Talvez seja um dos maiores pontos fortes dele saber trabalhar a cabeça dos atletas, deixá-los mentalmente fortes e preparados para todas as situações do jogo. Hoje poderíamos ter ganhado de 4 a 1 ou até ter perdido e tínhamos de estar preparados para isso.”

O zagueiro Miranda não alterou sua fala mansa e se mostrou confiante na recuperação do time. “Temos de ser fortes e pensar no próximo jogo. Pressão sempre vai existir na seleção brasileira, criamos uma expectativa muito grande e é normal, mas o próximo jogo temos de buscar os três pontos e seguramente vamos fazer um grande jogo.”

Paulinho, por sua vez, citou o começo cambaleante de outras favoritas, como Espanha, Alemanha e Argentina ele viu o empate com normalidade. “O Mundial é dessa forma, estamos vendo todos os jogos da Copa, todas as equipes têm qualidade, buscam o jogo curto, saem jogando. Sabemos que vamos encontrar dificuldade, mas estamos concentrados.”

Já o goleiro Alisson viu o lado positivo do nervosismo da estreia.
“Se tinha algum momento para acontecer alguma coisa desse tipo era agora. Todo nervosismo de estreia já fica de lado e dá para encarar as coisas com mais naturalidade.”

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