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São Paulo elimina Palmeiras e volta à final do Paulista após 16 anos

Tricolor venceu o arquirrival nos pênaltis, em jogo marcado por duas intervenções do árbitro de vídeo; adversário da final será conhecido nesta segunda

O São Paulo está classificado para uma final do Campeonato Paulista depois de 16 anos. Após empate por 0 a 0 na semifinal com o Palmeiras no tempo normal, a equipe venceu nos pênaltis por 5 a 4 neste domingo, no Allianz Parque. No jogo de ida, os dois times já haviam empatado também sem gols.

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Agora, o São Paulo tem a chance de buscar o título que não vem desde 2005, quando a competição ocorreu no sistema de pontos corridos. Ou seja, não houve disputa de final naquele ano – e o São Paulo ganhou o título com duas rodadas de antecipação, em um confronto com o Santos, que acabou em terceiro lugar.

O adversário na final em 2019 será definido nesta segunda-feira na semifinal entre Santos e Corinthians, no Pacaembu. No primeiro jogo, vitória corintiana por 2 a 1.

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Na decisão por pênaltis, o principal personagem foi o goleiro Tiago Volpi. Ele defendeu o chute de Ricardo Goulart, mas errou a própria cobrança, que daria a vaga o São Paulo, ainda na sequência inicial de cinco batidas. Na segunda série de batidas, ele conseguiu nova defesa, desta vez de Zé Rafael, e garantiu a vaga na final.

O jogo do Allianz Parque teve dois gols anulados por interferência do árbitro assistente de vídeo (VAR), um para cada lado. As duas decisões foram corretas, apontando impedimento dos ataques, mas a demora foi excessiva até a decisão final.

A partida deste domingo marcou a estreia de Cuca exatamente diante do clube – e no estádio – onde foi campeão brasileiro em 2016. Aos 55 anos, o treinador do Morumbi voltou aos gramados após ter sido submetido a uma cirurgia cardíaca no fim do ano passado. Com o empate no tempo normal, o São Paulo encerra um tabu na casa do rival. Nos sete jogos anteriores, o time do Morumbi somava sete derrotas.

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Na última vez que disputou uma decisão de Paulistão, o São Paulo foi superado pelo Corinthians, em 2003, dois anos antes de triunfar no Estadual realizado no sistema de pontos corridos em 2005.

A derrota nos pênaltis para o São Paulo, inclusive, foi a terceira consecutiva do Palmeiras jogando em seu estádio. Na decisão do Campeonato Paulista no ano passado, o Palmeiras perdeu a taça para o Corinthians. Em 2017, pelas oitavas de final da Copa Libertadores, foi a vez de o Barcelona de Guayaquil, do Equador, eliminar o Palmeiras nos pênaltis.

Treinadores

Apesar da derrota, o técnico do Palmeiras, Luiz Felipe Scolari, o Felipão, afirmou que “não tem nem o por que ficar triste hoje” e ressaltou o jogo “bem disputado”. “Tivemos a chance, tivemos penalidade, mas, perdemos. Não tem nem o por que ficar triste hoje. Um jogo bem equilibrado, bem disputado, estou satisfeito com a equipe, uma ou outra situação poderia ter feito melhor, mas estou satisfeito com a equipe”, comentou o técnico palmeirense durante a entrevista coletiva desse domingo.

Felipão também minimizou o fato de o ataque palmeirense não marcar gols há três jogos – além de passar em branco nas duas partidas contra o arquirrival, o Palmeiras foi derrotado por 1 a 0 pelo San Lorenzo, na Argentina, pela Libertadores. “Não me preocupa. (Os atacantes) não funcionaram porque a defesa adversária foi muito boa. E, se observar, as três ou quatro chances vivas que criamos, tivemos possibilidades muito boas. Estou contente com o que a equipe desenvolveu em campo. Não foi suficiente, agora é trabalhar para quarta-feira estar em condições”, concluiu Felipão.

Cuca, por sua vez, exaltou os jovens jogadores do São Paulo. “Saímos muito contentes com o que foi apresentado no jogo. No final é natural, por não terem esse processo profissional lapidado, que eles sintam mais o desgaste. Valorizamos o jogo, o empate. Levamos [a decisão] para os pênaltis, trabalhamos bem os pênaltis nessa semana, procuramos quebrar um tabu”, disse.

Na opinião do treinador, a torcida tem motivos para estar feliz com o que viu no estádio adversário. “Agora vem uma outra parte, talvez mais difícil do que essa, que é encarar uma final”, afirmou o treinador. Neste domingo, Antony, Igor Gomes, Luan e Liziero foram titulares mais uma vez e mesmo com toda a pressão vindo das arquibancadas do Allianz Parque acabaram segurando o ímpeto do Palmeiras.

(Com Estadão Conteúdo e Gazeta Press)

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