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Russel Wilson: “Curo a dor com suor”

De passagem pelo Brasil, o lançador do time de futebol americano Seattle Seahawks falou sobre o robusto preparo físico para encarar a pancadaria do esporte

Por que você veio ao Brasil? A NFL (liga que organiza o campeonato de futebol americano nos Estados Unidos) tem aumentado sua base de fãs no país, então vim como parte de uma estratégia para divulgar o esporte. Somos bem conhecidos: dei autógrafos no hotel, no shopping e nas ruas. Assim como a Inglaterra e o México, o Brasil tem chance de sediar um jogo da NFL no futuro.

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Trata-se de um esporte duro. Que cuidados toma para evitar lesões? Nado quase todos os dias — 35 voltas na piscina olímpica — e faço spinning com frequência. São práticas que relaxam meus músculos, ou seja, curo a dor com suor. Depois do treino, faço compressa com gelo e massagem. Nosso corpo é como um carro de Fórmula 1: precisa de mecânico todo dia. Sou um veículo que requer constante manutenção.

Tom Brady, que também joga na posição de lançador, chegou aos 40 anos se mantendo na ativa. Existe uma barreira etária? Admiro Brady. Ele tem provado que as barreiras não são mais estreitas. Creio que dê para jogar com competitividade até os 45 anos. Como estou com 30 anos, tenho mais quinze pela frente. Além dos treinos rigorosos, dormir bem é fundamental. E manter uma vida pessoal de qualidade. Faço questão de ir jantar fora com minha mulher quando estou de folga.

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Falando na sua mulher, Ciara é uma das maiores cantoras de R&B dos Estados Unidos. Lida bem com os fãs dela? Sim. Ficamos hospedados no Copacabana Palace, onde artistas do Brasil, como Ludmilla e Iza, vieram visitá-la. Elas chegaram com CDs nas mãos pedindo autógrafo. Em geral, as mulheres conhecem mais a Ciara, e os rapazes, a mim.

Em 2016, o jogador Colin Kaepernick protestou durante a execução do hino americano em partidas da NFL contra a violência policial dirigida à população negra. Depois, ele saiu da liga. Os times o barraram em represália? Não sei o que aconteceu, mas posso afirmar que ele é um tremendo atleta e espero que retome a carreira. Os Estados Unidos estão tentando curar algumas coisas. Temos de dar amor para receber amor de volta.

Publicado em VEJA de 20 de março de 2019, edição nº 2626

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