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‘Todo cuidado é pouco’, diz ministro sobre risco de terrorismo

Ricardo Berzoini defendeu cooperação brasileira com os órgãos de inteligência internacionais para minimizar a ameaça de ataques durante Jogos Olímpicos

O ministro da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini, declarou nesta segunda-feira que o Brasil deve aceitar a ajuda de órgãos de inteligência internacionais para se prevenir contra qualquer ameaça terrorista nos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro. No último dia 13, uma série de ataques coordenados em Paris deixou 130 pessoas mortas.

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“Os eventos recentes e outros mostram que todo cuidado é pouco e toda preparação é pouca. Países que já têm uma história de enfrentamento dessa questão foram alvo de ataques significativos. Nesse campo, não há limite para a nossa preocupação e para tomar as providências ao alcance das autoridades brasileiras”, afirmou Berzoini durante a cerimônia de abertura do Seminário Internacional de Enfrentamento ao Terrorista no Brasil, realizada em Brasília.

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A fala do ministro contrasta com a da presidente Dilma Rousseff, que, dias depois dos atentados em Paris, afirmou que o Brasil está ‘muito longe’ do foco do terrorismo. Na ocasião, o governo francês ofereceu ajuda ao país para reforçar a segurança para a Olimpíada.

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Berzoini, no entanto, acredita que o Brasil deve, sim, se preocupar. O ministro afirmou que, durante a realização dos Jogos, o país abrigará diversas delegações e chefes de Estado, o que o torna um potencial alvo de ataques. “É necessário que, diante de um evento com a magnitude da Olimpíada do ano que vem e diante da responsabilidade pública do Estado brasileiro, a sociedade discuta com profundidade como prevenir e combater de maneira incansável a prática do terrorismo. Prática que no Brasil tem poucos registros de acontecimentos, mas que evidentemente merece toda a atenção pela característica da globalização econômica e cultural atual”, disse ele.

Abin – Presente no evento, o diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN), Wilson Trezza, afirmou que as avaliações realizadas pelo órgão ainda não apontam o terrorismo como ameaça para os Jogos Olímpicos. “Não há país no mundo 100% preparado. Nós tivemos o exemplo dos Estados Unidos e agora na França. Mas acreditamos que, pelo trabalho que realizamos na Copa das Confederações e na Copa do Mundo, temos todas as condições de dizer que estamos preparados”, declarou.

Trezza também afirmou que, embora a ABIN ainda não tenha encontrado nenhuma célula do Estado Islâmico em território nacional, disse que o órgão vem monitorando possíveis grupos terroristas. “Um atentado terrorista não é necessariamente promovido e executado por estrangeiros, mas poderíamos em tese ter alguém dentro do país que estivesse envolvido em atividades desse tipo. Hoje em dia, fala-se muito no chamado ‘lobo solitário’, o cidadão que atua sozinho”, afirmou. “Nós temos alvos não necessariamente que estejam desenvolvendo atividades, mas, em uma ação preventiva, fazemos acompanhamento de pessoas que potencialmente poderiam ter algum tipo de vínculo [terrorista]“, continuou.

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As delegações de países como Estados Unidos, França e Iraque terão segurança reforçada durante a Olimpíada.

(Com Gazeta Press)

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