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Rio-2016: Olimpíada terá boxeadores profissionais

Mas muitos países já definiram seus atletas – amadores – para os Jogos

Pela primeira vez, pugilistas profissionais estão autorizados a competir nos Jogos Olímpicos. Na manhã desta quarta-feira, em Lausanne, na Suíça, a Associação Internacional de Boxe Amador (Aiba) colocou o assunto em debate e por 88 votos a favor e apenas quatro abstenções, a abertura do evento no Rio de Janeiro para profissionais foi autorizada.

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A entidade não sabe dizer quantos pugilistas profissionais estarão no Rio. De acordo com Aiba, um Pré-Olímpico na Venezuela, em junho, vai distribuir apenas 26 vagas. Mais de 200 das 250 vagas já foram definidas. Nos próximos três dias, o assunto estará em debate entre o COI, o Comitê Rio-2016 e a Aiba.

A decisão da Aiba é polêmica. Cuba, Azerbaijão e Casaquistão, por exemplo, já classificaram pugilistas para todas as 10 categorias masculinas. Como as vagas são nominais, esses países obrigatoriamente levarão atletas amadores aos jogos.

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Por outro lado, os Estados Unidos conquistaram apenas quatro vagas no masculino por enquanto. Podendo participar com seis profissionais no Pré-Olímpico, poderiam classificar todos.

O Brasil, sede, já indicou os atletas e as categorias que serão beneficiados com os cinco convites recebidos. Por isso, só não há brasileiros classificados em três categorias (75kg, 81kg e +91kg). Apenas profissionais que se encaixam nessas categorias participar do Rio-2016. Não seria o caso nem de Everton Lopes nem de Yamaguchi Falcão, por exemplo.

Esquiva Falcão já afirmou que não vai brigar por uma vaga. A decisão foi tomada depois que Bob Arum, dono da Top Rank, que agencia Manny Pacquiao e próprio Esquiva, fez críticas à medida. “Colocar a experiência dos boxeadores profissionais numa luta contra amadores pode ter sérias consequências física.”

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Em março, o Conselho Mundial de Boxe (CMB), principal organização do boxe profissional, avisou que vai expulsar qualquer pugilista que competir no Rio. De acordo com a entidade, “não é possível imaginar, muito menos aceitar, uma luta entre boxeadores profissionais, que já têm um desenvolvimento físico e técnicas avançadas, enfrentando jovens pugilistas que estão apenas começando esse processo”.

A inclusão dos profissionais do boxe ocorre depois que o movimento olímpicos começou a abrir brechas não apenas para amadores no basquete, tênis, golfe e futebol.

(Com Estadão Conteúdo)

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