Richarlison rebate críticas e diz ser dono de camisa 9 da seleção
Mesmo em baixa no Tottenham, atacante acredita que bons números na era Tite o credenciam como principal referência do país na posição
O atacante Richarlison, do Tottenham, usou parte da entrevista coletiva desta quarta-feira, 14, no CT Ciutat Esportiva Dani Jarque, em Barcelona, para rebater algumas críticas pela primeira temporada pelo clube inglês. Convocado pelo técnico Ramon Menezes para os amistosos da seleção brasileira contra Guiné e Senegal, o jogador se defendeu citando que o desempenho recente atuando pelo país o credencia como o atual dono da camisa 9.
“A [camisa] 9 já é minha. Não tem o que ficar escolhendo. Fiz uma boa Copa do Mundo, mesmo não tendo título. Aqui na seleção todos sabem que eu sou o homem gol. A 9 é minha”, disse o jogador.
“Acho que quando visto a camisa da seleção eu me sinto diferente, mais preparado, vamos dizer assim. Por isso as coisas começam a fluir dentro de campo. E faço bastante gol. Acho que todos podem contestar minha convocação, podem falar o que quiser, mas quando visto a camisa dou conta do recado”, explicou em outro momento.
Richarlison foi o segundo principal artilheiro da era Tite à frente da seleção, com 20 gols, atrás somente de Neymar, com 31. No currículo, a condição de ter encerrado como principal goleador do país na Copa do Mundo do Catar, com três gols, além de destaque da seleção olímpica que faturou a medalha de ouro em Tóquio, em 2021, com cinco gols na campanha.
No Tottenham, contudo, o atacante marcou apenas três vezes em 35 partidas, a pior temporada da carreira, e amarcou a reserva em mais da metade das partidas – 18 jogos.
Durante a entrevista, ele também se mostrou favorável a contratação do técnico italiano Carlo Ancelotti, principal alvo da CBF, com quem trabalhou no Everton, da Inglaterra, onde viveu a melhor fase da carreira.
“Como todos sabem, o Ancelotti me treinou no Everton e a gente conversa bastante. Esses dias atras liguei pra ele, tava junto com Vinicius Júnior e Militão. Mas é amizade mesmo, a gente fez uma amizade grande, onde eu pude ajudar ele ali, acho que essa amizade vai ser para sempre”, explicou.
“O Ancelotti já ganhou tudo na Europa. Com certeza, se ele vier, vai nos ajudar muito. Com certeza vamos brigar por todos os títulos. Lá no Éverton ele me ajudou muito. Eu me sentia um fenômeno na mão dele! Eu começava a fazer gols sem parar, me ajudou muito. Virei parceiro dele, todo final de jogo ele me levava para casa, já me sentia filho dele. É um cara sensacional que, se o presidente acertar com ele, vai nos ajudar muito”, concluiu.
O Brasil joga primeiro contra Guiné, no sábado, 17, às 16h30 (de Brasília), no estádio Cornellà-El Prat, em Barcelona, na Espanha. Depois, volta a campo contra Senegal na terça-feira, 20, no estádio José Alvalade, em Lisboa, Portugal.