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Renato Augusto estuda virar treinador, elogia Tite e diz ser fã de Diniz

À PLACAR, o meia do Corinthians conta que pandemia o aproximou mais do futebol e abriu possibilidade para quando pendurar as chuteiras

Renato Augusto treinador. Em entrevista exclusiva à PLACAR de outubro, o camisa 8 do Corinthians disse ter iniciado durante a pandemia da Covid-19 uma espécie de flerte com a possibilidade após encerrar a carreira.

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Apesar de dizer de forma enfática que ainda tem condições de seguir ajudando dentro de campo, ele falou ser fã do trabalho do atual técnico do Fluminense e da seleção brasileira, Fernando Diniz, e expôs o seu pensamento sobre o futebol atual. Renato também fez elogios ao técnico Tite, com quem também cogita trabalhar ao lado no futuro.

“Eu fiz curso [de treinador da CBF]. Comecei na pandemia, estava em casa. Um dia encontrei um amigo e ele falou: ‘cara, por que que não faz lá o curso, bicho?’. Então foi assim. Interessante que comecei a pensar coisas diferentes porque no curso tem o lado do fisioterapeuta, o do analista de desempenho e aí você começa enxergar o jogo de futebol de uma outra maneira, de uma outra perspectiva. Isso para mim também foi interessante, então procurei evoluir e trazer ainda para o campo. Por mais que seja um curso para treinador, tentei já trazer um pouco para o campo. Talvez tenha me ajudado também a entender, a ter um pouco mais de atenção com com jovens, mais um pouquinho mais de paciência”, disse o camisa 8.

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Questionado sobre a possibilidade do italiano Carlo Ancelotti assumir o comando da seleção a partir de julho do próximo ano, ele preferiu elogiar Fernando Diniz, atual treinador do Fluminense e do país nas Eliminatórias.

“As poucas pessoas que conheço que conhecem o Ancelotti falam muito bem dele. Não tenho uma opinião muito contra ou a favor, mas eu sou um grande fã do Diniz. Eu gosto dele, acho bem interessante a forma como pensa. Já até falei para ele que queria entender como chega a isso, entendeu? Eu sempre tive vontade de trabalhar com Guardiola para poder entender da onde tira os espaços até ele chegar o gol, para entender o processo. [O trabalho] do Diniz eu acho interessante, realmente interessante. É um jogo muito diferente do Guardiola, que é muito posicional, enquanto o dele é livre, de realmente rodar o jogador, mas é um conceito interessante que te faz ficar com a bola”, afirmou o jogador, que ainda explicou sobre a dificuldade que encontra no futebol atual:

“O que está acontecendo hoje em dia é que ficamos cada vez menos com a bola. Preferimos dar a bola e marcar o adversário. E a bola é o tesouro do jogo, ninguém faz gol sem a bola. Só tem uma. Então, eu gosto muito desses caras que querem a bola o tempo inteiro. ‘Ah, mas pô, teve posse de bola, mas perdeu o jogo?’ Sim, mas é uma coisa que eu acredito. Não é só o resultado, é o merecimento. Você vai merecendo ganhar, vai chegar uma hora que vai ganhar. Então, acredito muito nesse cara que quer a bola realmente para jogar. Gosto muito da ideia dele (Diniz), mas não sei como funciona o dia a dia. Analisando de fora é bem interessante”.

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Sobre Tite, elegeu o atual treinador do Flamengo como um dos melhores da carreira e outro nome com quem gostaria de trabalhar ao lado do no futuro: “Sou suspeito para falar, sou um grande fã [do Tite]. É um cara que me espelharia para ser treinador e, se por um acaso um dia eu realmente decidir, gostaria de repente de ser um auxiliar ou estar próximo para poder aprender como é o dia a dia. Sou suspeito, atingi o meu melhor momento com ele. É, sem dúvida, top 3 da minha carreira, para não ser muito injusto. Eu falaria o melhor, mas talvez eu estaria sendo injusto”, explicou.

Renato Augusto ainda deixou em aberta a possibilidade de um estágio futuro com outros nomes: “Graças a Deus me dou bem com praticamente todos os treinadores. E muitos que não trabalhei me dou muito bem. Felipão nunca trabalhei, e a gente se dá muito bem. Dorival sempre me dei muito bem. Então alguns treinadores que acabei não tendo a oportunidade, como o próprio Diniz, mas são caras que eu gosto e que eu acho que tem alguma coisa para te agregar. Então, mais para a frente, se eu tiver a oportunidade com certeza vou procurá-los”, concluiu.

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Nos próximos dias, PLACAR seguirá publicando outros trechos da entrevista de mais de uma hora, tanto no site quanto no canal de YouTube Placar TV. No papo, ele fala sobre o temor por virar um peso no clube, o possível fim de ciclo de outros veteranos, a idolatria, as comparações com Sócrates, a opção pelo Corinthians ao Flamengo em 2021, a ‘Renatodependência’ do time….

O camisa 8 ainda comenta sobre as críticas que considera exageradas a Neymar, defende Yuri Alberto, conta detalhes sobre o gol perdido contra a Bélgica na Copa de 2018 e a decisão de ter ido para o futebol chinês no melhor momento da carreira.

A edição do mês já está disponível na loja oficial da revista no Mercado Livre e chegou às bancas de todo o país na última sexta-feira, 20. A publicação ainda traz mais duas entrevistas de peso: com o atacante Deyverson, o maluco no pedaço do futebol brasileiro, que diz viver sua melhor versão pelo Cuiabá, e também o inigualável ídolo Zico, o grande craque da geração PLACAR, que relembrou seus 70 anos de vida em fotos na revista.

Capa da PLACAR de outubro com Renato Augusto
Capa da PLACAR de outubro: ‘E agora?’ – Reprodução/Placar 

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