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Relatório da CBF confirma: a arbitragem brasileira melhorou com o VAR

Dados divulgados pelo chefe da Comissão de Arbitragem mostram que o índice de acerto dos juízes subiu em relação ao ano passado, graças ao árbitro de vídeo

Um dos protagonistas do Campeonato Brasileiro até a parada para a realização da Copa América, o árbitro de vídeo causou estranheza nas primeiras nove rodadas da competição. O público que assiste futebol pela TV ou frequenta os estádios por aqui ainda não se acostumou com o tempo que os árbitros levam para rever as decisões com o auxílio do VAR – a demora, inclusive, é algo que se repetiu na Copa América disputada no país. Apesar das críticas e dos problemas – que voltaram a acontecer na noite desta quarta-feira pela Copa do Brasil –, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) divulgou um balanço parcial no qual ficam evidentes os benefícios da adoção da tecnologia no futebol nacional.

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Leonardo Gaciba, presidente da comissão de arbitragem da CBF, apresentou um relatório sobre a utilização do VAR na Comissão do Esporte da Câmara a pedido de um ex-colega de apito. A audiência pública foi solicitada pelo ex-árbitro e deputado paranaense Evandro Rogério Roman (PSD-PR). É bom deixar claro que os políticos brasileiros não têm qualquer autoridade para alterar as regras do futebol. Roman teve protagonismo em sua carreira de juiz, atuando em jogos da primeira divisão nacional e em disputas internacionais na década passada.

Pelos números apresentados por Gaciba, tudo vai bem. Nos primeiros 89 jogos do Campeonato Brasileiro, 40 erros foram corrigidos por intervenção do VAR. O índice de acerto da arbitragem nos lances passíveis de uso da tecnologia (gols, expulsões, pênaltis e erros de identificação) subiu de 57,4% (dados de 2018, quando a tecnologia ainda não era utilizada) para 97,1% nas primeiras nove rodadas do Brasileirão 2019. Só nas situações de penalidades, os árbitros registraram até agora 91,4% de acerto (era de 57,4% em 2018, sem o VAR). Em relação aos impedimentos, mais uma diferença gritante: 93,4% a 85,7%. 

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O chefe da arbitragem da CBF projeta que a interação homem-máquina tem margem para evolução e que a utilização do VAR ainda vai melhorar. “A ideia é interferir o mínimo possível. Vamos tentar melhorar um pouco o tempo gasto nas revisões, sem nunca abrir mão da precisão. Mas para poder melhorar a fluência do jogo”, ponderou. Resta saber se os árbitros vão conseguir alcançar o patamar dos europeus e tomar as decisões corretas sem ter que parar a partida por vários minutos.

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