Quem é Bremer, zagueiro chamado por Tite e eleito o melhor da Itália
Convocado pela primeira vez na última lista antes da definitiva para a Copa do Mundo, defensor de 25 anos brilhou pelo Torino e foi contratado pela Juventus
Regularidade e alto nível. Essas são as marcas do zagueiro brasileiro Gleison Bremer, de 25 anos, que recebeu nesta sexta-feira, 9, sua primeira convocação para a seleção brasileira. Recém-contratado pela Juventus, ele foi eleito na temporada passada, com a camisa do Torino, o melhor defensor do Campeonato Italiano e foi contratado em julho pela “Velha Senhora” por 41 milhões de euros (213 milhões de reais), com direito a “chapéu” na rival Inter de Milão.
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Natural de Itapitanga, na Bahia, o jogador começou a chamar atenção do mundo da bola nas categorias de base do Desportivo Brasil, time do interior paulista. Foi emprestado ao São Paulo em 2016 e, no ano seguinte, chegou ao Atlético Mineiro, onde atuou no sub-20 e fez parte da conquista da Copa do Brasil da categoria.
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Subiu para o profissional do Galo pelas mãos do então técnico Roger Machado, entre 2017 e 2018, e ganhou espaço no elenco. Com apenas 20 anos, atuou em 33 partidas, sendo 23 delas no Brasileirão.
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Em 2018, o zagueirão Bremer, cria da base do #Galo, e o atacante Roger Guedes, com um improvável gol de cabeça de fora da área, marcaram na vitória de virada sobre o Athletico-PR, na Arena da Baixada. Veja os gols! 👀⚽
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A ascensão rápida no time principal logo chamou atenção do futebol europeu. O Torino comprou o zagueiro do Atlético, em 2018 por cerca de 5,5 milhões de euros – à época, um valor na casa dos 24 milhões de reais. Na apresentação do reforço, o presidente do time italiano, Urbano Cairo, destacou as características do jogador.
“Ele vinha sendo acompanhado por nossa rede de observadores em diversas ocasiões. Corpo maciço, forte na marcação, rápido e resoluto, tem todas as qualidades para ir bem em um campeonato extremamente competitivo como a Serie A”, destacou à época.
O primeiro ano pelo clube italiano foi marcado por pouca sequência de jogos: apenas sete. Um primeiro empecilho era aprender a língua. “Sempre fui um zagueiro defensivamente muito bom, mas tinha características que não conseguia desenvolver tanto. Primeiro tive que aprender o italiano e depois saber o que os treinadores estavam pedindo, por isso demorou um pouco mais”, disse Bremer sobre a adaptação no novo país, em entrevista à ESPN.
Nas temporadas seguintes, porém, o zagueiro decolou. Virou titular absoluto e jogou quase todas as partidas do campeonato nos três últimos anos. Foi ainda o líder de recuperações de bola da liga, culminando com o prêmio de melhor defensor da Serie A em 2021/22 – quando, ao contrário das duas campanhas anteriores, o Torino não brigou contra o rebaixamento, terminando em uma confortável 10ª posição.
Após sua melhor temporada, com direito a anular o centroavante sérvio Dusan Vlahovic no clássico com a Juventus em fevereiro, Bremer virou um dos principais alvos do mercado europeu. Inter de Milão e a própria Juve disputaram sua contratação na janela, e o time de Turim “atravessou” a negociação para garantir o brasileiro, que chegou para substituir o holandês Matthijs de Ligt, vendido ao Bayern de Munique. Na última terça-feira, 6, ele foi titular na derrota por 2 a 1 para o PSG, pela Liga dos Campeões.
Agora, com sua primeira oportunidade de defender a seleção brasileira nos amistosos contra Gana e Tunísia, nos dias 23 e 27 de setembro, Bremer corre contra o tempo para conseguir a quarta vaga entre os zagueiros no grupo que Tite vai levar à Copa do Mundo do Catar. Com Thiago Silva, Marquinhos e Éder Militão praticamente garantidos, os principais concorrentes são nomes como Gabriel Magalhães, do Arsenal, Lucas Verissimo, do Benfica, e Léo Ortiz, do Red Bull Bragantino.