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Quanto tempo levará a recuperação de Neymar? Especialistas opinam

Dr. Joaquim Grava e Dr. Fabiano Frade falaram à PLACAR detalhes sobre a lesão LCA e de menisco sofrida pelo astro brasileiro na partida contra o Uruguai

A CBF confirmou nesta quarta-feira, 18, a lesão de ligamento cruzado anterior (LCA) e meniscodo astroNeymar, após exames. O atacante brasileiro havia sentiu uma torsão durante o primeiro tempo do confronto entre Brasil e Uruguai, pelas Eliminatórias Sul-Americanas. PLACAR ouviu especialistas no assunto para entender melhor a lesão sofrida pelo atleta, o procedimento cirúrgico, recuperação e o prazo de retorno aos gramados.

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Confira as análises do Dr. Joaquim Grava, histórico ortopedista do Corinthians, e o Dr. Fabiano Frade, Médico Ortopediatra e Traumatologista da Clínica Ortopédica Ibirapuera e do Hospital Israelita Albert Einstein:

LESÃO LCA E MENISCO

“Ele sofre uma torção no joelho que é bem clássica, dá para ver pelo vídeo mesmo. A perna fica fixa e tem uma rotação do fêmur sobre a tíbia, em uma posição semiflexionada. Isso gera uma energia cinética que leva a ruptura do ligamento cruzado anterior, que pode estar associada a outros tipos de lesão, que foi o caso dele com o menisco”, diz Fabiano Frade.

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Ele completa : “Neymar sofre um estresse desse joelho para dentro. Tratando-se de um atleta de alto rendimento, foi uma lesão completa, ainda com com a lesão associada. É um caso cirúrgico, sem discussão”.

PROCEDIMENTO

Na análise de Joaquim Grava: “É uma lesão de ligamento que na grande maioria das vezes é indicação cirúrgica e precisa fazer uma reconstrução do ligamento. Ou seja, precisa substituir o ligamento que foi lesado por algumas áreas doadoras de enxerto do próprio joelho, que são os flexores, tendão patelar”.

Enquanto Fabiano detalha: “Existem várias técnicas para a reconstrução do ligamento cruzado. Pode ser usado os tendões flexores, o tendão patelar, até um tendão fibular e, em outros casos, também pode-se usar enxertos que são tirados de cadáveres”.

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“A correção do menisco faz-se junto. Precisa ver o grau da lesão meniscal: completa, radial, uma lesão alça de bode. Pode-se fazer uma ressecção parcial do menisco, uma regularização da lesão e até mesmo a sutura do menisco. Tudo isso é observado no intra-operatório”.

RECUPERAÇÃO E PRAZO DE RETORNO

“O tempo de afastamento é de seis a oito meses, varia muito de atleta para atleta. No meu protocolo, o atleta opera e fica três meses fazendo uma fisioterapia passiva até a formação do enxerto. Depois, uma fisioterapia ativa, com uma musculação já mais forte. Com cinco meses pode liberar o atleta para fazer uma transição, que é um trabalho entre a fisioterapia e o trabalho físico. Evoluindo, passa somente para o trabalho físico, que aí começa a parte técnica e física”, completa Joaquim Grava.

Fabiano Frade segue a mesma análise: “No mínimo seis meses para ele voltar a jogar. Diria que de seis a nove meses. Tem um período inicial que vai com tratamento fisioterápico intenso. Depois um tratamento de fortalecimento e, por fim, a reintrodução gradual do atleta ao esporte”.

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