Al Hussein tem como principal concorrente o presidente da Uefa Michel Platini, que está suspenso do cargo por 90 dias, junto com Joseph Blatter, devido a uma transação suspeita que está sendo investigada pelas autoridades suíças
O príncipe jordaniano Ali Bin Al Hussein formalizou nesta quinta-feira sua candidatura à presidência da Fifa. Na quarta-feira, ele chegou a criticar um suposto adiamento das eleições, marcadas para 26 de fevereiro. Segundo Al Hussein, estipular uma nova data seria mais um atestado da instabilidade pela qual o órgão máximo do futebol mundial passa.
Comprometendo-se a restaurar a imagem da Fifa, abalada pelos recentes escândalos de corrupção, Al Hussein afirmou que o momento de crise originou boas ideias de reforma: “Estou confiante de que a Fifa pode superar este período de dificuldade com a reputação restaurada e se tornar uma organização vista com respeito mais uma vez. Este momento de crise é uma oportunidade para mudanças positivas. Muitas ideias boas surgiram na discussão sobre o futuro da Fifa”, admitiu o príncipe jordaniano.
Com o sul-coreano Mong-joon fora da disputa – banido por seis anos sob acusação de comprar votos para eleger sedes dos Mundiais de 2018 e 2022 – e Platini sendo alvo de investigação da Justiça suíça junto com o presidente Joseph Blatter, tendo que arcar com suspensão de 90 dias, Al Hussein ainda não tem seus adversários na eleição presidencial definidos. Os ex-jogadores Zico e Maradona ainda se movimentam nos bastidores para tentar oficializar a candidatura. O prazo limite para as inscrições se encerra no dia 26 de outubro.
Concorrência – Mesmo com a candidatura ameaçada, Platini recebeu apoio dos membros do Comitê Executivo da Uefa nesta quinta-feira em uma reunião em Nyon, na Suíça, segundo o jornal Mundo Deportivo, e ainda é o maior concorrente de Al Hussein para suceder Blatter. Porém, além de estar fora do cargo de presidente da Uefa até o começo de janeiro, o francês não pode fazer campanha eleitoral durante esse período, o que o deixa em desvantagem na concorrência à presidência da Fifa. Devido a isso, a Uefa é a principal articuladora para o adiamento das eleições na Fifa.
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(Com Gazeta Press)