Publicidade
Publicidade

Presidente da Uefa diz ser contra Copa a cada dois anos e ataca Superliga

Esloveno Aleksander Ceferín acredita que medida tiraria valor do torneio e prejudicaria calendário; dirigente ainda chamou a Superliga Europeia de farsante

O presidente da Uefa, o esloveno Aleksander Ceferín, se posicionou contrário a proposta da Fifa para a realização da Copa do Mundo a cada dois anos, modificando o atual formato, de quatro em quatro, utilizado desde 1930. A manifestação ocorreu em uma assembleia da Associação Europeia de Clubes.

Publicidade

Assine a revista digital no app por apenas R$ 8,90/mês

“O valor desses torneios está em jogá-los a cada quatro anos. Fazê-lo a cada dois iria prejudicá-los”, disse o dirigente, que ainda mencionou que “o calendário de jogos internacionais não precisa disso”.

A possibilidade voltou a cena após a entrevista do ex-técnico do Arsenal e atual chefe de desenvolvimento global da Fifa, Arsène Wenger, ao jornal francês L’Equipe. Ele voltou a defender publicamente a reforma e diz que as mudanças devem ocorrer após 2024, ajudando a diminuir o número de convocações dos jogadores, já que afetariam diretamente nas Eliminatórias, desafogando o calendário.

Publicidade

Para a proposta de encurtamento entre cada edição de Copa, a Fifa busca apoio em bloco para avançar na aprovação. Segundo o Blog do Marcel Rizzo, a CAF, confederação africana, já sinalizou que pode apoiar a decisão, influenciando diretamente na aceitação de todos os seus filiados.

Outra ponto cogitado é o aumento de 32 para 48 participantes a partir de 2026, após a Copa do Mundo do Catar, que será organizada pela primeira vez por três países: EUA, Canadá e México.

Ceferín também usou o evento para criticar novamente a Superliga Europeia, modelo próprio de competição lançado em abril por doze importantes clubes do continente que pretendia fazer oposição ao tradicional torneio.

Publicidade

A competição provocou furor entre torcedores, governos, jogadores e técnicos, e o projeto desandou menos de 48 horas depois de seu lançamento quando os seis times ingleses se retiraram.

“Nada foi normal e como o esperado em 2020 e 2021. Queremos voltar ao normal. Para isso devemos estar unidos diante desse infortúnio farsante chamado Superliga. Esperemos que tenha sido apenas um episódio isolado”, explicou.

O Tribunal Comercial de Madri (Espanha) ordenou em julho que a Uefa cancelasse todas as sanções legais impostas a Real Madrid, Barcelona e Juventus por planejarem a criação da competição. A corte também instruiu a Uefa a não adotar nenhuma medida para tentar excluir os três clubes, que são os últimos dos 12 times originalmente por trás da liga dissidente, de suas competições, incluindo a Liga dos Campeões.

Continua após a publicidade

Publicidade