Por fraude fiscal, Cristiano Ronaldo pode perder condecorações em Portugal
Craque português recebeu a Ordem do Infante Dom Henrique, a maior do país, e a Grã-Cruz da Ordem do Mérito, em 2014 e 2016
Cristiano Ronaldo pode perder duas condecorações que recebeu do governo de Portugal em 2014 e 2016. O jogador da Juventus foi condenado a 23 meses de prisão por fraude fiscal, na última terça-feira, 22, pela Justiça da Espanha. Ele não cumprirá a pena por ser réu primário, mas pagará multa de 18,8 milhões de euros (80,2 milhões de reais) à receita espanhola, devido a quatro crimes fiscais cometidos entre 2010 e 2014.
A sentença levantou a possibilidade, em Portugal, da retirada de duas condecorações, a Ordem do Infante Dom Henrique, a maior do país, e a Grã-Cruz da Ordem do Mérito, concedidas entre 2014 e 2016, respectivamente. No país, a norma que regula as ordens honoríficas estabelece que o homenageado pode perder a condecoração se for condenado a mais de três anos de prisão, o que não é o caso de Cristiano, mas há, segundo a imprensa lusa, outras incompatibilidades.
O jogador, devido à condenação, descumpriu a obrigação de ‘regular seu comportamento, público e privado, pelos ditames da virtude e da honra’, conforme informou o jornal português Público, nesta quinta. “O comportamento de Cristiano Ronaldo foi o que o gerou a condenação”, ressaltou o periódico, indicando a possibilidade da instauração de um processo disciplinar contra o jogador.
A responsabilidade sobre a abertura de qualquer ação contra Cristiano Ronaldo cabe ao presidente do país, no caso, Marcelo Rebelo de Sousa. Fontes da presidência apontaram nesta quinta que se espera uma versão final da sentença, para que o caso seja avaliado, se necessário.
(Com EFE)