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Polícia cumpre mandados de busca e apreensão na sede do Cruzeiro

Casa de dirigentes e sede de torcida organizada também foram alvos da operação; Clube lamenta ação às vésperas do clássico contra o Atlético-MG

A Polícia Civil de Minas Gerais cumpre nesta terça-feira, 9, mandados de busca e apreensão nas dependências do Cruzeiro em Belo Horizonte e nas residências de dirigentes e agentes ligados à cúpula do clube.

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Em nota, o clube afirmou que entregou às autoridades toda a documentação solicitada para a investigação. O Cruzeiro também lamentou que “este fato esteja acontecendo exatamente às vésperas de uma decisão importante na Copa do Brasil”.

O time disputa a partida de ida das quartas de final do torneio, contra o rival Atlético Mineiro, nesta quinta-feira, 11, no estádio do Mineirão.

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A sede do Cruzeiro, na região centro-sul de Belo Horizonte, e a Toca da Raposa, centro de treinamentos do time, que fica na região da Pampulha, são alvo dos mandados de busca e apreensão nesta terça, segundo o portal G1.

Os agentes da Polícia Civil também foram à sede da torcida organizada Máfia Azul e às casas do presidente do Cruzeiro Wagner Pires de Sá e do vice de futebol Itair Machado.

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O clube é investigado pela Polícia Civil de Minas Gerais por supostas transações irregulares, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. A venda de direitos de uma criança de 11 anos também é alvo das apurações.

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O inquérito teve início em maio de 2019, logo após a publicação de uma reportagem pelo Fantástico, da TV Globo. O processo corre em sigilo e por isso o Ministério Público não pode dar detalhes sobre as investigações.

Segundo a reportagem, o clube mineiro teria cedido direitos de jogadores e mentido em balanço financeiro, entre outras irregularidades. A atual gestão é suspeita de ter realizado uma venda de 20% de um jogador de 12 anos, que atua na base. Isso é ilegal e, de acordo com a publicação, nem mesmo o pai da criança sabia do ocorrido.

Também são investigados empréstimos junto ao empresário Cristiano Richard dos Santos Machado e o pagamento com cessão dos direitos de atletas. No entanto, desde 2015, é proibido ceder direitos a empresas – o passe só pode pertencer a um clube ou atleta.

A diretoria ainda é acusada de ter mentido em balanço financeiro ao incluir a venda do uruguaio Giorgian de Arrascaeta ao Flamengo em 2018, quando na verdade isso só ocorreu em janeiro de 2019 – algo que foi amplamente divulgado pela imprensa mineira e carioca.

O Cruzeiro afirmou em nota “que continuará à disposição das autoridades competentes para quaisquer tipos de outros esclarecimentos necessários”.

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