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Para rever em casa: a goleada colombiana por 5 a 0, com narração argentina

Com show de Asprilla e Rincón, seleção colombiana passeou em Buenos Aires, nas Eliminatórias para a Copa de 1994

Colômbia e Argentina sediariam em junho deste ano mais uma edição da Copa América. O torneio, no entanto, foi adiado para 2021 pela Conmebol em razão da pandemia de coronavírus que paralisou o futebol mundial. Enquanto a bola não volta a rolar, PLACAR vem selecionando dicas de conteúdos esportivos para desfrutarmos durante a quarentena em casa. Nesta terça-feira 31, a dica é o encontro mais recordado entre colombianos e argentinos – e um dos maiores vexames da história dos hermanos: a acachapante derrota por 5 a 0, em pleno Monumental de Núñez, em jogo válido pelas Eliminatórias da Copa de 1994.

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A façanha colombiana em 5 de setembro de 1993 está disponível na íntegra no YouTube, com narração argentina. A seleção da casa contava com o apoio de um animado público em Buenos Aires– até Diego Armando Maradona, já combalido por escândalos de doping, estava entre os mais de 60.000 fanáticos na arquibancada – e precisava de uma vitória simples para se classificar para o Mundial dos EUA de forma direta. Em campo, porém, só o time de Carlos Valderrama, Freddy Rincón, Faustino Asprilla e companhia jogou.

A Argentina, que contava com jovens promissores como Diego Simeone, Fernando Redondo e Gabriel Batistuta, desperdiçou boas chances no primeiro tempo, antes de o show colombiano começar. Rincón, que anos depois conquistaria títulos por Palmeiras e Corinthians, marcou o primeiro ao receber belo passe de Valderrama, driblar o goleiro Goycochea e mandar para as redes com extrema frieza. O forte atacante (se tornaria volante apenas no Brasil) também marcou o terceiro, em finalização que desviou na defesa. O narrador Marcelo Araujo, da emissora TyC Sports, repetiu, cada vez com menos entusiasmo, o bordão “senhoras e senhores”, antes de anunciar o placar da partida.

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Outro personagem conhecido dos brasileiros que brilhou no estádio do River Plate foi Faustino Asprilla. O veloz e ousado atacante com passagens por Palmeiras e Fluminense marcou dois gols de extrema categoria. No primeiro, recebeu lançamento de Rincón, gingou diante da marcação de Jorge Borelli e chutou no canto. A esta altura, a torcida argentina já aplaudia a seleção colombiana, num misto de admiração pelos rivais e ironia contra seus compatriotas em campo. Asprilla ainda marcou o quarto com um belíssimo toque por cobertura.

Com a vitória colombiana decretada, a atenção argentina já estava voltada para outro jogo: caso o Paraguai vencesse o Peru naquela noite, a Argentina ficaria fora de uma Copa pela primeira vez desde 1970. Um empate em Lima, no entanto, evitou o fiasco e, na repescagem contra a Austrália, já com Maradona de volta, a Argentina conseguiu a vaga na Copa.

Já no fim do jogo, Valencia recebeu de Asprilla, invadiu a área argentina sem ser incomodado e e completou o histórico 5 a 0. “A melhor sensação foi quando o jogo terminou e a torcida argentina começou a nos aplaudir. Sabemos como são os argentinos e escutá-los nos reverenciando foi maravilhoso”, contou Rincón a PLACAR, 25 anos depois do encontro.

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A euforia em torno do time cafeteiro foi tanta que nada menos que Pelé e Johan Cruyff passaram a apontar a Colômbia como favorita ao título mundial. O sonho, no entanto, terminou em tragédia. A equipe foi eliminada na primeira fase, com direito a um gol contra de Andrés Éscobar – que, dias depois, seria assassinado em uma casa noturna de Medellín, em crime supostamente ligado à eliminação do time.

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