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Operador de guindaste vai prestar depoimento nesta sexta

Abalado com acidente que matou dois de seus colegas, operário ficará afastado

Corinthians e Odebrecht têm tomado cuidado para preservar o operador do guindaste envolvido no acidente fatal ocorrido no canteiro de obras do Itaquerão, em São Paulo, na quarta-feira. “Muito abatido”, conforme relatos de quem esteve com o funcionário, ele vai prestar seu depoimento à polícia nesta sexta. No início do ano, o clube chegou a publicar um perfil do operário responsável pela condução do segundo maior guindaste da América Latina. Agora, no entanto, o clube quer proteger sua identidade. A construtora também tenta evitar que detalhes do relato do operador de guindaste sejam vazados.

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“Imagina a pressão sobre o cara. Era praticamente a última peça do estádio que vai abrir a Copa do Mundo. Estava todo mundo muito ansioso”, disse Flávio Ferreira, diretor do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Pesada, Infraestrutura e Afins do Estado de São Paulo (Sintrapav-SP), sobre o operador. Desde o acidente, o funcionário foi liberado para ficar em sua casa, fora da capital paulista. Mesmo depois do depoimento e da volta ao trabalho da maior parte dos funcionários, na próxima segunda-feira, o operador do guindaste será preservado das atividades no canteiro de obras.

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“Ele é um cara muito tranquilo, mas está muito abatido. A gente sabe que foi uma fatalidade, mas não tem como o cara não sentir”, disse o representante do sindicato. “Erro de procedimento” foi uma hipótese levantada pela Defesa Civil para explicar o acidente. Esse erro pode ter sido humano ou do maquinário. Os peritos foram ao local do acidente na manhã de quinta e confirmaram que a estrutura do setor atingido não foi comprometida. Outro sindicato do setor acusou um engenheiro de ignorar o alerta de um técnico de segurança do trabalho. A Odebrecht desmentiu a versão e disse que não houve qualquer advertência.

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(Com agência Gazeta Press)

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