OMS descarta mudar Olimpíadas por risco do zika
Cancelar ou mudar a sede dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro 2016 não alteraria “de forma significativa” a propagação do zika vírus, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), que rejeitou o pedido de 150 especialistas para adiar ou transferir a sede da próxima edição da competição. A posição da OMS foi […]
Cancelar ou mudar a sede dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro 2016 não alteraria “de forma significativa” a propagação do zika vírus, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), que rejeitou o pedido de 150 especialistas para adiar ou transferir a sede da próxima edição da competição. A posição da OMS foi divulgada em comunicado publicado no site oficial da instituição, na noite de sexta-feira.
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O Brasil é o país mais atingido pelo zika vírus, com cerca de 1,5 milhão de pessoas afetadas desde 2015. Sessenta países registraram casos do vírus, que se propaga através de mosquitos. “As pessoas seguem viajando a esses países por muitos motivos, a melhor maneira de reduzir o risco é seguir as recomendações de saúde pública”, sustentou a OMS. Entre as recomendações, está a de usar repelente. A OMS também recomenda que mulheres grávidas não viajem aos países ou regiões onde foram registrados casos de transmissão sexual do zika vírus, o que inclui o Rio de Janeiro.
Mais de 150 especialistas pediram na sexta-feira em uma carta aberta para adiar ou mudar a sede dos Jogos Olímpicos previstos em agosto no Rio de Janeiro devido ao surto de zika. “Toma-se um risco desnecessário quando 500.000 turistas estrangeiros, provenientes de todo o mundo, se dirigem aos Jogos e se expõem à cepa, antes de voltar aos seus países, onde a infecção pode se tornar endêmica”, escreveram. “Nossa maior preocupação é a saúde pública mundial. A cepa brasileira do zika vírus afeta a saúde de maneiras que a ciência nunca havia observado antes”, disseram na carta médicos e pesquisadores das principais universidades do mundo.
O zika vírus pode causar transtornos neurológicos e microcefalia, uma má-formação na qual a criança nasce com uma cabeça pequena ou na qual a cabeça para de crescer depois do parto.
(Com agência France-Presse)