O Rio de Janeiro a um ano da Olimpíada
Poluição nas águas olímpicas e indefinição sobre modalidades preocupam, mas autoridades prometem entregar obras no prazo e deixar um legado histórico para a cidade
O Rio de Janeiro já vive intensamente o clima olímpico. Faltando exatamente um ano para a cerimônia de abertura dos Jogos, marcada para 5 de agosto de 2016 no Maracanã, a organização do evento acelera os preparativos e tem metas ambiciosas – tal qual o Time Brasil, que promete entregar seu melhor resultado. A poluição nas águas olímpicas e o atraso em algumas obras preocupam, mas as autoridades garantem que tudo estará em boas condições até o início da primeira edição dos Jogos na América do Sul. Orçada em 38,2 bilhões de reais, a Olimpíada promete ser um marco histórico e deixar um legado permanente para a cidade. E, 365 dias antes de a chama olímpica ser acesa, há algumas razões para acreditar nisso.
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Boa parte das instalações esportivas que receberão as está em fase avançada de construção e elas já podem ser avistadas, sobretudo na zona oeste, nas regiões da Barra da Tijuca e Deodoro. A Vila Olímpica, na Barra, já está 85% pronta, informam os responsáveis pelas obras, conduzidas por uma empresa privada. É provável que os apartamentos sejam liberados para os organizadores dos Jogos antes do prazo inicial, março de 2016. O Complexo de Deodoro, que anteriormente eram motivo de preocupação do Comitê Olímpico Internacional (COI), teve suas obras aceleradas e apresentou evolução surpreendente. O mesmo ocorreu com o Velódromo, que deve ser entregue no último trimestre deste ano, segundo a Prefeitura do Rio.
As obras de infraestrutura e transporte, como o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), o BRT (Transporte Rápido por ônibus, na sigla em inglês), e a linha 4 do metrô Rio estão cerca de 70% concluídas e devem ser entregues no prazo. Mas, obviamente, ainda há uma série de problemas a serem resolvidos. Algumas modalidades ainda não têm local de competição definido e a despoluição da Baía de Guanabara continua em ritmo lento, o que preocupou a imprensa internacional, sobretudo após a revelação de um estudo da Associated Press.
Já se sabe que a Baía de Guanabara não terá o nível de tratamento de esgoto de 80%, conforme prometido durante a candidatura olímpica. O próprio governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) já admitiu que a meta não será alcançada. No mês passado, as águas em que ocorrerão as provas de vela passaram a receber embarcações para a retirada de resíduos sólidos flutuantes. Mas obras importantes de saneamento, como a ampliação da estação de tratamento de Alegria (zona norte), e a reforma da Marina da Glória (zona sul), não estão prontas. Abaixo, confira como estão as principais obras da Rio-2016.
(com Reuters e Estadão Conteúdo)