O que mudou em Real Madrid e Liverpool 4 anos após a última final
Cristiano Ronaldo ainda era o astro da equipe espanhola, enquanto ingleses sofreram com falhas do goleiro Karius no duelo realizado em Kiev
No dia 26 de maio de 2018, Real Madrid e Liverpool disputaram a final da Liga dos Campeões, em Kiev. O confronto terminou em 3 a 1 para os espanhóis e culminou no 13º título europeu da equipe. Quatro anos depois, os tradicionais clubes se reencontram em uma decisão de Champions, neste sábado, 28, às 16h, no Stade de France, em Paris.
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Vice em 2018, o Liverpool seguiu com o treinador Jurgen Klopp e conseguiu ganhar a Champions no ano seguinte. O elenco contou com várias mudanças desde a derrota, como a chegada do goleiro Alisson, que solucionou a instabilidade na posição. Enquanto isso, o Real ainda não reconquistou a taça e mudou o comando técnico, atualmente ocupado por Carlo Ancelotti. O elenco merengue se apresenta mais envelhecido e sem o astro Cristiano Ronaldo, mas segue um dos mais fortes da Europa.
Confira o que mudou em Real Madrid e Liverpool desde 2018:
Real Madrid
Para a final de quatro anos atrás, Zidane escalou: Keylor Navas; Carvajal, Varane, Sergio Ramos e Marcelo; Casemiro, Modric, Kroos e Isco; Benzema e Cristiano Ronaldo. Durante a partida, Gareth Bale (autor de dois gols), Asensio e Nacho entraram.
Dos 14 atletas que atuaram, 10 seguem em Madri. Os únicos que deixaram o clube foram Cristiano Ronaldo, Varane, (ambos atualmente no Manchester United), Sergio Ramos e Keylor Navas (os dois no PSG). Entre os que continuam no plantel, o lateral-esquerdo Marcelo, o meia Isco e o atacante Gareth Bale perderam espaço. O restante ainda é titular ou tem participação ativa.
Para a vaga de Navas, o Real contou com a chegada de Thibaut Courtois. O belga se firmou na posição e segue com o status de um dos melhores do mundo.
A zaga titular daquela edição, Varane e Sergio Ramos, também deixou o clube. A diretoria agiu com antecedência e preparou o brasileiro Eder Militão, ex-Porto e São Paulo, para ocupar a vaga pela direita. Para o lado esquerdo, a diretoria madridista contratou o austríaco David Alaba, que estava em fim de contrato com o Bayern de Munique.
Substituir Cristiano Ronaldo, claro, não é uma tarefa fácil. Mas para reforçar o ataque, o Real fez chegar os jovens brasileiros Vinícius Júnior, um dos destaques da equipe, e Rodrygo, decisivo na semifinal contra o City. Além disso, a saída do português fez com que Karim Benzema conquistasse mais protagonismo: o francês tem 44 gols em 45 partidas na temporada.
Liverpool
Em 2018, Klopp escalou os Reds com: Karius; Alexander-Arnold, Lovren, Van Dijk e Robertson; Henderson, Wijnaldum e Milner; Salah, Firmino e Mané. Os reservas que entraram foram Adam Lallana e Emre Can.
Entre os 13 que participaram da final, cinco já saíram: o goleiro Karius, o zagueiro Lovren, e os meio-campistas Can, Lallana e Wijnaldum. Entre os que ficaram, o maior destaque vai para a dupla de laterais Alexander-Arnold e Robertson, que se consolidaram como dois dos melhores do planeta na posição, além dos parceiros de ataque Salah e Mané.
Naquele confronto, a derrota do Liverpool passou por uma atuação desastrosa do goleiro alemão Loris Karius, que entregou um gol de presente para Benzema e tomou um frangaço em um chute de longe de Bale. Na janela de transferências seguinte, a diretoria contratou o brasileiro Alisson, pagando 62,5 milhões de euros (278 milhões de reais na cotação da época). Os problemas na posição foram imediatamente solucionados.
Para a posição de Lovren, a estabilidade de Joël Matip e Ibrahima Konaté elevaram o nível da defesa. Outra opção que ganhou espaço foi o inglês Joe Gomez. O ponto mais seguro do sistema, contudo, segue sendo o holandês Van Dijk.
Como maior ponto de mudança para este Liverpool, está a consolidação de um meio-campo entrosado. Com as contratações do brasileiro Fabinho (ainda dúvida para a final por problemas físicos) e de Thiago Alcântara, o nível subiu. Henderson, peça-chave da equipe de 2018, segue com espaço e é a principal liderança do elenco.