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O primeiro passo da seleção

A Croácia é melhor que sua ‘prima’ Sérvia, diante de quem o Brasil encontrou lá suas dificuldades. Mas a lógica diz que a equipe brasileira vai triunfar na estreia

“Uma vitória por qualquer placar será fundamental para o que vem pela frente”

O Brasil é o maior favorito para ganhar a Copa do Mundo de 2014. É assim que entra em campo hoje, às 17 horas, no Itaquerão, para a estreia diante da Croácia. Haverá a tensão do primeiro jogo, a pressão da responsabilidade, a necessidade de vencer para retribuir o show que a torcida certamente vai dar nas arquibancadas. Acredite: é pouca coisa contra.

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Poderia ser muito pior. Não me lembro de uma seleção brasileira que tenha chegado às vésperas de um Mundial com time titular definido há meses, confiança da torcida, ótimo estado físico, relação cordial com a imprensa e ausência aparente de guerra de egos dentro do elenco. Alguns urubus dizem que o principal problema desta seleção é justamente achar que não tem problemas. Não creio. Se desde a chegada de Felipão ao comando – e sobretudo na campanha na Copa das Confederações – as coisas em campo funcionaram bem, não há motivos para não crer que possam seguir assim.

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A Croácia é um adversário inferior ao Brasil, mas deve endurecer. Tem alguns bons jogadores que atuam nos principais campeonatos da Europa – notadamente Modric, do Real Madrid – e é melhor que sua “prima” Sérvia, com quem a seleção jogou na sexta-feira passada e encontrou lá suas dificuldades. Mas a lógica diz que a equipe brasileira vai triunfar, pois jogará com muito mais intensidade.

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Uma vitória por qualquer placar será fundamental para o que vem pela frente. Porque o clima do país vira. A desconfiança legítima em relação ao evento como prioridade nacional será inevitavelmente sobreposta pela vontade de curtir o futebol, algo avassalador em se tratando de brasileiros (e argentinos, alemães, ingleses, espanhóis…). Desejar que isso ocorra não cola na testa de ninguém o rótulo de alienado – defender o contrário é subestimar o discernimento da população. Não se pode ter vergonha de querer que as coisas deem certo no mês em que viramos o centro do mundo. O que vem depois é outra coisa. Acho que esses jogadores sabem disso.

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Modric cabeceia durante o treino da Croácia no Itaquerão, em São Paulo
Modric cabeceia durante o treino da Croácia no Itaquerão, em São Paulo VEJA

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