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No pódio do Pan, saudação militar

Vários atletas bateram continência ao receber suas medalhas nos Jogos Pan-Americanos de Toronto, no Canadá, enquando tocava o hino nacional e bandeira brasileira era hasteada, na maioria das vezes, nas provas de judô, natação e tiro. A explicação: todos são militares. Os ministérios da Defesa e do Esporte criaram em 2008 o Programa de Atletas […]

Vários atletas bateram continência ao receber suas medalhas nos Jogos Pan-Americanos de Toronto, no Canadá, enquando tocava o hino nacional e bandeira brasileira era hasteada, na maioria das vezes, nas provas de judô, natação e tiro. A explicação: todos são militares. Os ministérios da Defesa e do Esporte criaram em 2008 o Programa de Atletas de Alto Rendimento (PAAR) das Forças Armadas, que tem, segundo o Ministério do Esporte, 610 atletas de diversas modalidades (222 da Marinha, 200 do Exército e 188 da Força Aérea). Eles recebem instruções militares para uma formação básica, em três semanas, com curso de sobrevivência na selva e de tiro, ganham em média 4.000 reais, 13º salário, locais para treinamento, plano de saúde, atendimento médico, odontológico, fisioterápico, alimentação e alojamento. Em Londres-2012, da delegação de 256 membros, entre comissão técnica e atletas, 65 eram atletas do PAAR. Eles prestam concursos para sargento ou marinheiro temporário especialista como voluntários e têm a função específica de atuar em competições esportivas. Em Toronto, são 123 atletas militares.

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Meditação, frustração e, enfim, um sorriso: a luta entre Mayra Aguiar e Kayla Harrison

A judoca Mayra Aguiar, campeã mundial e medalhista de bronze nos Jogos de Londres-2012, por exemplo, é terceiro sargento da Marinha. Mesmo sem ouvir o hino, ela bateu continência ao receber a medalha de prata nesta terça-feira. O mesmo fizeram os judocas Felipe Kitadai (prata) e o campeão Luciano Correia, e outros atletas militares.

Nota – No início da tarde desta quarta-feira, o Comitê Olímpico do Brasil divulgou nota em que dava detalhes do programa e sua posição sobre o ato de bater continência dos atletas: “O Regulamento de Continências, Honras e Sinais de Respeito prevê que a ‘continência é a saudação do militar’. É um sinal de respeito que deve ser prestado, estando ou não com a cabeça coberta. Reza ainda que o militar da ativa deve, em ocasiões solenes, prestar continência à Bandeira e Hino Nacional Brasileiro e de países amigos. É bom notar que esses atletas não são militares apenas quando estão fardados, mas sim, todo o tempo.

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O COB entende, portanto, que a continência, além de regulamentar, quando prestada de forma espontânea e não obrigatória, é uma demonstração de patriotismo, sem qualquer conotação política, perfeitamente compatível com a emoção do atleta ao subir no pódio e se saber vencedor. Segundo muitos deles, representa também um reconhecimento pelo apoio que recebem das Forças Armadas e uma manifestação do orgulho que têm em representar o país.”

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