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No Afeganistão, seis jogadoras de futebol de Herat estão desaparecidas

Entidade humanitária que mantinha contato com as jovens diz que 15 atletas conseguiram fugir para o Irã

Ao menos seis jogadoras da equipe feminina de futebol de Herat, no Afeganistão, sumiram após a tomada de poder do grupo fundamentalista Talibã. A organização não-governamental italiana Cospe, que tem sede em Florença e também atua no Brasil, trabalhava com as atletas em vários projetos e desde 2018 mantinha contato virtual com elas – até o domingo, dia 15. Segundo a entidade, 15 jovens conseguiram fugir para o Irã.

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Reportagem de capa: Vitória do Talibã ameaça novo mergulho do Afeganistão no obscurantismo

“Assim que ficou claro o quão rápido era o avanço do Talibã, muitas conseguiram fugir e conseguiram chegar ao Irã. São meninas jovens e, para elas, o risco de violência e abusos dos talibãs é altíssimo. Infelizmente, de seis delas não temos notícias, nem da treinadora. Estamos muito preocupados”, disse à agência de notícias italiana Ansa uma das representantes da Cospe, Silvia Ricchieri.

Por conta do regime extremista entre os anos de 1996 e 2001, há o temor de que os talibãs voltem a violar todos os direitos das mulheres nesse novo governo. Naquele período, elas eram proibidas de estudar, trabalhar e até de sair de casa sem o acompanhamento do marido ou do filho mais velho. Desde que tomaram o poder, no entanto, os fundamentalistas tentam mostrar uma moderação. No caso de Herat, uma cidade próxima à fronteira iraniana, as aulas das meninas foram retomadas. No entanto, o futuro é incerto para as mulheres.

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