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No 1º teste, o estádio de Cuiabá revela falhas e improvisos

A Arena Pantanal está claramente inacabada – mas recebeu seu primeiro jogo já na quarta. Setores incompletos e um alagamento no entorno marcaram a estreia

O futuro do estádio, candidato a elefante branco, não é a única preocupação dos moradores. O aeroporto ainda não está pronto para receber os visitantes (o terminal em obras para o evento ainda não foi concluído) e há muitos projetos ainda inacabados pela cidade toda

As autoridades de Cuiabá tentaram convencer a todos de que não se tratava da inauguração da Arena Pantanal, mas sim o primeiro evento-teste do estádio da cidade para a Copa do Mundo. E quem foi ao local para o jogo entre Mixto e Santos, na noite de quarta-feira, logo percebeu que não era mesmo possível tratar a partida como a estreia oficial da arena: com a obra ainda em curso, setores inacabados e muitos improvisos, o palco do Mundial no Mato Grosso ainda precisa de muito trabalho até sua estreia no torneio, na sexta-feira 13 de junho, às 18 horas, com o jogo entre Chile e Austrália. Para complicar a situação, a poucas horas do jogo, um temporal provocou alagamentos na cidade e deixou o entorno do estádio cheio de lama e poças – afinal, a parte externa ainda é um canteiro de obras.

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Dentro do estádio, funcionários tiveram de se desdobrar para enxugar cadeiras molhadas. Em um dos acessos, era possível ver goteiras no teto recém-pintado. O gramado foi o aspecto positivo da estreia: o campo de jogo está pronto para receber as partidas da Copa. Apesar de Mixto x Santos ter sido um jogo oficial (válido pela Copa do Brasil), a inauguração do estádio está prevista apenas para o dia 26, quando o Luverdense recebe o Vasco pela Série B. Na quarta, algumas operações previstas para a Copa já foram experimentadas, mas o teste foi preliminar. A segurança, por exemplo, foi feita por policiais militares, e na Copa toda a proteção ao torcedor ficará a cargo de empresas privadas. O jogo de quarta teve todos os ingressos vendidos, mas só metade da arena ficou cheia – na outra metade, ainda falta a instalação dos assentos.

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A Arena Pantanal ainda vai passar por novos testes antes de ser entregue para a Fifa. No Mundial, o estádio de Cuiabá será palco de quatro jogos da primeira fase: além de Chile x Austrália, receberá Rússia x Coreia do Sul, Nigéria x Bósnia e Japão x Colômbia. Mesmo sendo um jogo histórico pela inauguração da Arena Pantanal, além da importância da estreia na Copa do Brasil, o Santos foi a Cuiabá com um time praticamente reserva. Os titulares foram poupados para o primeiro jogo da final do Paulistão, domingo, contra o Ituano, no Pacaembu. Com um projeto “verde”, com reaproveitamento de água da chuva e outros elementos que contribuem para a preservação ambiental, o estádio é uma obra do governo do Mato Grosso e custou 570 milhões de reais (339 milhões foram financiados pelo governo federal).

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Com pouco mais de 42.000 lugares, ele é capaz de receber mais de 7% da população de Cuiabá, de cerca de 570.000 pessoas. Como, além da população relativamente pequena, não há um time de primeiro escalão na cidade, a Arena Pantanal talvez seja o maior candidato a elefante branco entre todas as arenas construídas ou reformadas para a Copa. E o futuro do estádio não é a única preocupação dos moradores a 70 dias para o primeiro jogo da Copa no Mato Grosso. O aeroporto da capital do estado ainda não está pronto para receber os visitantes (o terminal em obras para o evento ainda não foi concluído) e há muitos projetos ainda inacabados pela cidade toda. Outra preocupação é com a rede hoteleira e de serviços. Cuiabá é uma das cidades mais problemáticas da Copa para quem tenta encontrar um quarto de hotel durante o Mundial.

(Com Estadão Conteúdo e agência EFE)

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