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‘Não sei qual é o meu limite’, diz Neymar, perseguindo Pelé

Com 40 gols pela seleção, o craque de 22 anos caminha firme para ser o maior artilheiro da história da equipe. Pelé anotou 77 em 92 jogos; Ronaldo, 62 em 98

O craque Neymar chegou a uma marca impressionante ao marcar quatro gols pela seleção brasileira na vitória sobre o Japão, na manhã desta terça-feira, em Cingapura. Com 40 gols em 58 jogos, ele ultrapassou o ex-atacante Bebeto, que fez 39, e já é o quinto maior artilheiro da história da equipe pentacampeã. Além disso, Neymar tornou-se o oitavo atleta a marcar quatro gols em uma mesma partida pela equipe – antes, apenas Zizinho, Ademir de Menezes, Julinho Botelho, Evaristo de Macedo, Zico (duas vezes), Careca e Romário haviam conseguido a façanha. O último havia sido Romário, em 2000. “Só de falar, fico arrepiado. A emoção é grande, é uma felicidade imensa realizar mais esse sonho. Nem nos meus melhores sonhos com a seleção eu imaginava isso. Estou muito feliz”, afirmou o astro, em entrevista à TV Globo, ao deixar o gramado do Estádio Nacional de Cingapura.

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Maiores artilheiros da seleção

1º: Pelé

77 gols em 92 jogos (0,83 gols/jogo de média)

2º Ronaldo

62 gols em 98 jogos (0,63 gols/jogo de média)

3º Romário

55 gols em 70 jogos (0,78 gols/jogo de média)

4º: Zico

48 gols em 72 jogos (0,6 gols/jogo de média)

5º: Neymar

40 gols em 58 jogos (0,68 gols/jogo de média)

Com apenas 22 anos, Neymar tem um longo futuro com a camisa amarela e, se mantiver sua média de 0,68 gol por partida, seguramente poderá ultrapassar Pelé, que tem 77 gols e é o maior artilheiro da história da seleção brasileira. Com mais amistosos, Copa América e Eliminatórias para a Copa na agenda da equipe, Neymar tende a pulverizar as marcas de Romário e Zico já nos próximos dois anos. Pelé e Ronaldo ainda estão bem à frente, mas o atacante do Barcelona tem pontos que contam a seu favor nesta disputa. Além dos muitos anos e torneios que ainda deverá ter pela frente, Neymar é o principal protagonista do time, em que é batedor oficial de faltas e pênaltis. Com a ausência de um centroavante de ofício no time de Dunga, ele deve ser escalado cada vez mais próximo da meta adversária.

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Apesar disso tudo, o capitão da seleção preferiu não traçar objetivos em relação à artilharia histórica. “Não sei qual é o meu limite. Só quero ajudar meus companheiros e a seleção brasileira”. Ao deixar o estádio, ele foi ainda mais direto, evitando estabelecer essa meta. “Não, não penso em ultrapassar o Pelé.” Com bem menos jogos disputados, Neymar já ultrapassou as marcas de craques como Leônidas da Silva, Rivellino, Ronaldinho Gaúcho e Rivaldo. Atualmente, ele tem média de 0,68 gols por jogo, à frente até mesmo de Ronaldo, que encerrou sua carreira na equipe com 0,63 de média. Neymar, no entanto, dificilmente superará as médias de Pelé (0,83) e Romário (0,78). O atacante revelado no Santos fez seu primeiro jogo com a seleção em 11 de agosto de 2010, quando marcou um gol na vitória por 2 a 0 sobre os Estados Unidos, em Nova Jersey.

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