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Muito a explicar

A acusação de estupro feita pela modelo Najila Trindade agora seguirá para um grupo do MP de atuação contra a violência doméstica

A semana terminou com mais perguntas do que respostas no caso da denúncia da modelo baiana radicada em São Paulo Najila Trindade, de 26 anos, que acusou Neymar de agressão e estupro na já famosa noite de 15 de maio, em Paris. Seja por trauma, seja por receio de ser pega na mentira, Najila se imagina permanentemente perseguida, o que talvez justifique a profusão de passos em falso. O advogado Danilo Garcia de Andrade, o terceiro a aparecer em defesa da moça em apenas dez dias, deixou o caso porque a ex-cliente insinuou que ele teria furtado o iPad em que supostamente estaria o vídeo completo gravado na França (ela entregou menos de um minuto de um total de sete, segundo afirmou em boletim de ocorrência). Najila também não entregou seu celular à delegada Juliana Bussacos, da 6ª Delegacia da Mulher, conforme havia prometido.

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A modelo, que foi e voltou de Paris com passagem do tipo “econômica premium”, tudo pago por Neymar, diz ter perdido 10 quilos. Além de estar dopada de remédios antidepressivos, relata sentir medo de comer porque Neymar poderia ter mandado alguém envenená-la. Najila acusou a polícia de ter sido “comprada” pelo jogador, e agora está sendo processada pela corporação. Diante desse quadro, a Polícia Civil indicou um psicólogo para acompanhá-la. Ela declinou, embora afirme estar com síndrome do pânico. A delegada Juliana deve encerrar sua atuação sem arquivar o caso nem indiciar o jogador. A investigação passará a ser comandada por três promotoras do Grupo de Enfrentamento à Violência Doméstica, do MP de São Paulo. Foi essa instituição que tratou do caso de Luiza Brunet com Lírio Parisotto, já condenado em segunda instância por agressão.

Publicado em VEJA de 19 de junho de 2019, edição nº 2639

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