MPF aponta superfaturamento em obra de CT da Copa
Prejuízo aos cofres públicos com reforma do Complexo Esportivo do Gama chega a R$ 2,5 mi
O Ministério Público Federal do Distrito Federal anunciou nesta quinta-feira que pediu à Justiça a condenação de três pessoas acusadas de superfaturamento e alteração de mercadorias nas obras de construção, reforma e ampliação do Complexo Esportivo do Gama, em 2007. No local fica o Estádio Bezerrão, escolhido pela Fifa para ser centro de treinamento das equipes que jogarem em Brasília durante a Copa do Mundo, o chamado COT (Centro Oficial de Treinamento).
Leia também:
Com ‘agenda positiva’, Fifa e COL tentam minimizar tensão
Valcke contradiz Blatter – e impasse no Itaquerão continua
Assembleia do RS aprova a isenção fiscal para o Beira-Rio
Na Arena das Dunas, a parada final dos inspetores da Fifa
De acordo com o MPF, um cálculo realizado por peritos criminais apontou que o prejuízo aos cofres públicos atingiu, no mínimo, 2,5 milhões de reais. O custo inicial do projeto, financiado em sua maior parte pelo Ministério do Esporte, era de 6 milhões de reais e os desvios, segundo o Ministério Público, aconteceram durante a execução de contrato firmado entre a Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap) e a construtora Atlanta.
Leia também:
Corinthians recebe empréstimo do BNDES: R$ 260 milhões
Valcke chega para ‘último round’ da batalha da Copa-2014
Cuiabá promete ter estádio 100% concluído em 28 de abril
Brasileirão vai testar os estádios da Copa com 16 partidas
O projeto previa a demolição do ginásio existente e a construção de um espaço multiuso e de um complexo aquático na região administrativa. Entre as falhas apontadas estão “o pagamento de serviços extras e não executados, aumento arbitrário dos preços, alteração da substância, qualidade e quantidade da mercadoria fornecida tornando-a mais onerosa injustamente, e utilização de material com qualidade inferior à pactuada”, segundo o MPF.
Acompanhe VEJA Esporte no Facebook
São acusados pelas práticas ilícitas Antônio Carlos Porto Almeida, Agenor Santana Reis Júnior e Ferola Torquato da Silva, sócios e administradores da construtora Atlanta. “Todos os denunciados atuavam efetiva e diretamente na gestão da empresa, inclusive no que tange ao acompanhamento dos procedimentos licitatórios, definição de preços e execução das obras”, destacou o MPF. Se condenados, eles podem pegar de três a seis anos de prisão, além de multa. A ação também pede o ressarcimento do prejuízo em valores atualizados na data da sentença. O caso será apreciado pela 10ª Vara Federal do DF.
(Com Estadão Conteúdo)