Milan está próximo de ser vendido de novo, agora a um grupo do Bahrein
Embaixada do país confirmou negociações avançadas entre o clube italiano e a gestora de ativos Investcorp; oferta é de mais 1 bilhão de dólares
O Milan está próximo de ser vendido para a Investcorp do Bahrein, fundo de investimentos que também tem participação em marcas como Gucci e Riva, além de ser patrocinador de GPs de Fórmula 1. A informação circula desde o fim de semana. A Reuters, agência mundial de notícias, disse que o acordo está por detalhes com valores próximos a 1,1 bilhão de euros (5,8 bilhões de reais), enquanto a Embaixada do Bahrein já confirmou o negócio.
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#Bahrain 🇧🇭 based asset manager @Investcorp has entered in exclusive talks to buy Italian #SerieA club #ACMilan for $1.1 billion.
Investcorp was founded in 1982, offers a diverse and truly global investment portfolio and manages over $42 billion in assets across the globe pic.twitter.com/ZRpEWriPVo— Bahrain Embassy UK (@BahrainEmbUK) April 18, 2022
Caso confirmado, o montante supera em 260 milhões de euros o aporte feito pelo grupo chinês liderado por Li Yonghong, em 2017, para adquirir a rival Inter de Milão em 2017. Ele perdeu o clube para a Elliot Management após não pagar parte de um empréstimo.
O Milan não fala oficialmente sobre a negociação, mas nunca negou a possibilidade de um acordo com investidores no futuro. “Pode acontecer, mas não sei quando”, disse em recente entrevista o ex-zagueiro Paolo Maldini, hoje diretor técnico do clube.
“Sei pouco (sobre a venda), mas é normal que no futuro o Milan também seja vendido. Só não sei quando será o momento”, completou o dirigente.
A Investcorp, domiciliada no Bahrein e com escritórios escritórios em diversos países, é presidida pelo empresário Mohammed Alardhi, de Omã, e administra mais de 42 bilhões de dólares em ativos.
Gigante mundial e no futebol italiano, o clube busca por renascimento após uma década de ostracismos.. O time, aliás, lidera o Campeonato Italiano e pode encerrar um jejum de títulos que já dura 11 anos. Neste viés de alta, o Milan recebeu uma boa proposta para mudar de dono (mais uma vez).
Sete vezes campeão da Liga dos Campeões, o Milan atravessa mais de uma década de turbulência financeira e esportiva. Em 2017, o clube foi vendido por 740 milhões de euros (2,5 bilhões de reais na cotação da época) ao empresário chinês Li Yonghong, pondo fim à vitoriosa era Berlusconi – o magnata e ex-primeiro ministro italiano Silvio Berlusconi presidia o time desde 1986.
Além do Milan, diversos outros gigantes europeus foram comprados por investidores estrangeiros nos últimos anos. A atual campeã Inter é propriedade da empresa chinesa Suning Holdings Group. Ainda na Itália, Roma, Fiorentina e Atalanta também têm donos americanos.
Investidores do Oriente Médio também estão no jogo: a Qatari Sports Investments, subsidiária do fundo soberano do Catar, é proprietária do Paris Saint-Germain, enquanto o Manchester Cityé controlado pelo Abu Dhabi United Group, dos Emirados Árabes Unidos. Mais recentemente, o Newcastle United, da Inglaterra, foi comprado pelo Fundo de Investimento Público da Arábia Saudita.
Os casos são constantemente tratados como mecanismos de sportwashing, termo que define o uso do esporte como forma de melhorar a imagem de países encrencados em denúncias de violação aos direitos humanos.