Medina diz que perderá etapa do Mundial porque não se vacinou
Brasileiro disputou os Jogos de Tóquio sem se imunizar, apesar de o COI ter oferecido doses a todos os competidores
A fase não está boa para Gabriel Medina. Depois de ficar sem medalha nos Jogos de Tóquio, o surfista brasileiro revelou que não poderá disputar a última etapa do Circuito Mundial de Surfe (WCT), que será realizado em Teahupoo, na Polinésia Francesa, entre 24 de agosto e 3 de setembro. O motivo: não se vacinou contra a Covid-19, apesar de o Comitê Olímpico Internacional ter oferecido doses a todos os competidores.
“Eu não vou para Teahupoo porque não tomei a vacina, aí teria que fazer dez dias de quarentena, não dá tempo de ir do México para lá, que é uma seguida da outra. Então, serei obrigado a não ir. Sacanagem, mas de boa”, contou o surfista durante uma live em seu canal da Twitch. Ele, no entanto, estará na etapa prévia, em Barra de la Cruz, no México, entre 10 e 19 de agosto, a penúltima da temporada. Campeão em 2014 e 2018, Medina é o líder do campeonato de 2021.
O COI não exigiu que os atletas se vacinassem para a disputa das Olimpíadas em Tóquio, mas recomendou que o fizessem e cedeu os imunizantes às respectivas confederações dos países, em um acordo junto ao governo chinês. O Comitê Olímpico do Brasil (COB), anunciou que vacinou cerca de 90% de sua delegação com ao menos a primeira dose.
Medina venceu duas das seis etapas disputadas e conquistou outros três vices no Mundial. Soma 46.720 pontos, contra 33.555 do vice-líder, o compatriota e campeão olímpico Ítalo Ferreira. “Eu posso descartar uma nota, então de boa”, minimizou o surfista de 27 anos. De fato, a ausência não interfere em seu sonho pelo tri. Devido a uma novidade do regulamento, o campeão da temporada será definido em uma etapa extra, o WSL Finals, disputado apenas entre os cinco primeiros colocados do ranking, do qual Medina já está matematicamente garantido. O evento acontecerá em Trestles, nos EUA, a partir de 8 de setembro.