Marin não consegue pagar fiança e pode voltar para prisão
Para permanecer em seu apartamento em Nova York, ex-presidente da CBF foi obrigado a pagar mais de 15 milhões de dólares
O ex-presidente da CBF José Maria Marin não conseguiu levantar o valor total de sua fiança e pode ser obrigado a retornar a uma prisão. Em carta enviada aos juízes americanos, os advogados do ex-cartola indicaram que estão com “dificuldades” para reunir o volume de dinheiro solicitado pela Justiça e pediram o adiamento do depósito. Marin, de 83 anos, cumpre pena de prisão domiciliar em seu apartamento em Nova York.
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Marin foi preso no dia 27 de maio, em Zurique, e indiciado por corrupção. Ele aceitou sua extradição aos Estados Unidos no início de novembro e indicou que estaria disposto a pagar uma fiança de 15 milhões de dólares (57 milhões de reais pela cortação atual) para aguardar por seu julgamento em seu apartamento na Trump Tower. No dia 3 de novembro, Marin apareceu diante da Corte americana e se declarou “não culpado”. O juiz Raymond Dearie estipulou ainda que o brasileiro pagasse mais 1 milhão de dólares em dinheiro, outros 2 milhões de dólares em papéis de garantias de bancos, além de ter seu apartamento confiscado. Tudo isso deveria estar depositado na administração americana no dia 6 de novembro.
Um dos principais problemas se refere a um pagamento de 1 milhão de dólares que teria de entrar na conta da Justiça na segunda-feira. Os documentos sobre o apartamento foram, de fato, entregues. Mas os advogados solicitaram um adiamento do prazo para depositar o dinheiro e as garantias dos bancos. “Esperávamos depositar 1 milhão em dinheiro nesta segunda-feira, mas enfrentamos algumas dificuldades”, disse Charles A. Stillman, um dos advogados de Marin, ao juiz Dearie em uma carta obtida pela reportagem.
Stillman garantiu que um cheque avaliado em 769.000 dólares seria depositado ainda nesta terça, com as movimentações bancárias. “Com relação às garantias de 2 milhões de dólares, uma carta de crédito foi obtida de um banco brasileiro e estamos trabalhando para finalizar a emissão dos bônus”, explicou. Numa súplica ao juiz, o advogado ainda indicou que ele e seu cliente estão fazendo de tudo para conseguir realizar o depósito. “Tenha certeza de que todo o esforço está sendo feito para cumprir as obrigações da fiança.”
(com Estadão Conteúdo)