Marin e mais 10 dirigentes são banidos pela Fifa
Paraguaio Nicolas Leoz, ex-presidente da Conmebol, também está na lista de suspensos provisoriamente pela entidade
A Fifa anunciou nesta quarta-feira o banimento provisório de onze acusados de corrupção, incluindo o ex-presidente da CBF, José Maria Marin, que foi detido a pedido da Justiça americana junto com outro seis altos dirigentes pela manhã, em Zurique, na Suíça. Além do brasileiro, Jeffrey Webb, Eduardo Li, Julio Rocha, Costas Takkas, Jack Warner, Eugenio Figueredo, Rafael Esquivel, Nicolás Leoz, Chuck Blazer e Daryll Warner foram os outros dirigentes suspensos de qualquer atividade ligada ao futebol.
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“As acusações são ligadas ao futebol, e são de natureza tão séria que foi imperativo tomar medidas firmes e imediatas”, informou o presidente do comitê de ética da Fifa, Hans-Joachim Eckert, em comunicado. “Com base nas investigações do comitê e nos últimos fatos apresentados pela promotoria do distrito leste de Nova York, foram banidos de forma provisória onze pessoas de qualquer atividade ligada ao futebol, a nível nacional e internacional”.
Pela manhã, a polícia suíça prendeu sete dirigentes ligados à Fifa a pedido da Justiça americana, sob a acusação de corrupção e diversos outros crimes. Os detidos, incluindo Marin, devem ser extraditados para os Estados Unidos. Se condenados, podem cumprir até vinte anos de prisão.
Ex-presidente da Conmebol, o paraguaio Nicolás Leoz, de 86 anos, escapou da prisão em Zurique ao lado dos colegas, porque está internado em uma clínica de Assunção para exames de rotina. Segundo o FBI, a investigação envolve dezoito pessoas – quatro réus já condenados, que assumiram a culpa (incluindo o empresário brasileiro J. Hawilla) e outros catorze acusados, incluindo os cartolas presos e banidos.
Os onze dirigentes banidos da Fifa:
José Maria Marín, brasileiro (ex-presidente e atual vice-presidente da CBF)
Nicolás Leoz, paraguaio (ex-presidente da Conmebol e ex-membro do comitê executivo da Fifa)
Jeffrey Webb, caimanês, (vice-presidente da Fifa e membro do Comitê Executivo, presidente da Concacaf e da federação de Ilhas Cayman)
Eduardo Li, costarriquenho (presidente da federação de Costa Rica, membro do Comitê Executivo da Fifa e do Comitê Executivo da Concacaf)
Julio Rocha, nicaraguense (presidente da federação da Nicarágua e membro do comitê de desenvolvimento da Fifa)
Costas Takkas, inglês (braço-direito do presidente da Concacaf)
Jack Warner, trindadense, (presidente da União de Futebol do Caribe, conselheiro especial da federação de Trinidad e Tobago, ex-vice-presidente do Comitê Executivo da Fifa e ex-presidente da Concacaf)
Eugenio Figueredo, uruguaio (vice-presidente da Fifa e membro do comitê executivo, ex-presidente da Conmebol e da federação uruguaia)
Rafael Esquivel, venezuelano (presidente da federação da Venezuela e membro do comitê-executivo da Conmebol)
Charles Blazer, americano (ex-secretário-geral da Concacaf e ex-membro do Comitê Executivo da Fifa)
Daryll Warner, americano (filho do também acusado Jack Warner, ex-membro do comitê de desenvolvimento da Fifa)
(Com AFP)