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Maradona pega carona em escândalos: ‘Tenho chance de ser vice da Fifa’

Argentino diz que formará chapa com o príncipe da Jordânia, candidato ao posto de Joseph Blatter. Maradona ainda acusou Platini de ter “arranjado resultados”


Diego Maradona durante visita a 'Gazzeta dello Sport', na Itália
Diego Maradona durante visita a ‘Gazzeta dello Sport’, na Itália VEJA

Um dos maiores inimigos públicos de Joseph Blatter e da Fifa, Diego Armando Maradona jamais perderia a oportunidade de zombar da entidade, envolvida num extenso caso de corrupção. Nesta segunda-feira, o argentino voltou a criticar os dirigentes e surpreendeu ao dizer que planeja ser o vice-presidente do príncipe da Jordânia, Ali bin Al-Hussein, até o momento o único candidato oficial ao posto de Blatter, que renunciou logo depois de ser reeleito. “Se o príncipe Ali ganhar, tenho muitas chances de ser vice. Se chegar lá, vou limpar todos”, afirmou o ex-jogador de 54 anos ao programa Show del Fútbol, da emissora argentina América.

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Maradona disse também que Blatter deixou a presidência da Fifa porque temia ser preso. “Ele não cumpriu os três dias de mandato que estabelece o estatuto da Fifa. Não cumpriu porque tinha medo do FBI e da polícia suíça, tinha medo de sair algemado.”

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Maradona ainda fez uma acusação grave contra o presidente da Uefa, Michel Platini. Segundo ele, o ex-jogador francês – que foi seu grande rival na Itália, na década de 80, em disputas entre Napoli e Juventus – participou de manipulação de resultados. “Platini me confessou em Dubai que havia ‘arranjado’ 167 partidas.” Sobre o português Luis Figo, outro possível candidato ao lugar de Blatter, Maradona recorreu a um clássico da literatura e do cinema citando um personagem mudo. “Antes o respeitava, mas me dei conta de que tem menos palavra que Bernardo, o amigo do Zorro.”

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Diego Maradona Júnior, o filho não reconhecido por Maradona
Diego Maradona Júnior, o filho não reconhecido por Maradona VEJA

Maradona sai em defesa de Messi e chama Neymar de mal educado
Maradona sai em defesa de Messi e chama Neymar de mal educado VEJA

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As agressões a jornalistas

Maradona tem um vasto histórico de confusões com jornalistas. No último desentendimento, em agosto deste ano, ele deu um tapa na cara de um repórter ao ser irritar com uma pergunta sobre seu ambiente familiar. “Nem vocês nem seus chefes vão me dizer o que tenho que fazer. Eu tenho um ambiente feliz. Parem de me incomodar, porque tenho 53 anos, já não sou o Dieguito, sou o Diego Armando Maradona”, gritou após a agressão. Esse incidente, no entanto, foi insignificante perto do que Maradona aprontou em 1994: irritado com a presença de jornalistas de plantão em frente à sua mansão, Maradona usou uma espingarda de ar comprimido e atirou contra eles. Por sua atitude, foi condenado a dois anos de prisão, mas escapou de ir para a cadeia após pagamento de fiança.

Pelé e Maradona se abraçam em evento da Fifa em Roma, em 2000
Pelé e Maradona se abraçam em evento da Fifa em Roma, em 2000 VEJA

Careca, do Brasil e Maradona, da Argentina durante o jogo entre Brasil 0 x 1 Argentina, partida válida pela Copa do Mundo de Futebol, no Estádio Delle Alpi
Careca, do Brasil e Maradona, da Argentina durante o jogo entre Brasil 0 x 1 Argentina, partida válida pela Copa do Mundo de Futebol, no Estádio Delle Alpi VEJA

Na partida contra a Nigéria, Maradona sai acompanhado de uma enfermeira para realização do teste anti-doping
Na partida contra a Nigéria, Maradona sai acompanhado de uma enfermeira para realização do teste anti-doping VEJA

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Os xingamentos no hino

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Maradona não é o tipo de pessoa que se intimida com vaias, nem mesmo vindas de um país inteiro. Na final da Copa de 1990, diante da Alemanha, a torcida italiana (ainda doída pela derrota da Azzurra para a Argentina na semifinal) vaiou o hino argentino no Estádio Olímpico de Roma. Inconformado, o então jogador do Napoli não teve dúvidas e xingou os torcedores italianos (“hijos de p…”) em alto e bom som, diante das câmeras de TV. Após a partida, ainda negou um cumprimento ao brasileiro João Havelange, então presidente da Fifa e seu grande desafeto. 

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A batalha campal de 1984

Maradona não foi feliz em sua passagem pelo Barcelona, entre 1982 e 1984. Sua trajetória no clube catalão chegou ao fim com uma briga generalizada na final da Copa do Rei, diante do Athletic Bilbao, no Santiago Bernabéu. Meses depois de sofrer uma grave lesão após entrada duríssima de Andoni Goikoetxea (que ficou conhecido como “O Açougueiro de Bilbao”), Maradona reencontrou seu algoz na decisão. Derrotado por 1 a 0, Maradona perdeu a cabeça após a partida e iniciou uma briga generalizada, na qual distribuiu voadoras e pontapés. Por sua má conduta, Maradona recebeu três meses de suspensão e foi obrigado a pedir desculpas ao rei Juan Carlos. Pouco depois, deixou o clube para fazer história no Napoli, da Itália. 

Diego Maradona durante visita a 'Gazzeta dello Sport', na Itália
Diego Maradona durante visita a ‘Gazzeta dello Sport’, na Itália VEJA

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A briga na Croácia

A mais recente confusão de Maradona aconteceu na Croácia. Poucos dias depois de participar do Jogo pela Paz e de se encontrar com o papa Francisco, no Vaticano, o ídolo argentino foi flagrado em uma briga na cidade croata de Dubrovnik, onde passava férias. Em um vídeo feito com um celular e divulgado pelo jornal local Dubrovacki, Maradona é visto aos gritos, correndo em direção a outra pessoa, na saída de uma casa noturna, aparentemente bêbado. As imagens são de baixa qualidade, tornando difícil entender o que realmente aconteceu na saída da boate. Mas é possível ouvir o barulho de uma garrafa de vidro quebrando – que, segundo testemunhas, foi arremessada pelo argentino – e xingamentos de Maradona contra seu ex-genro, o atacante argentino Sergio “Kun” Aguero, do Manchester City.

(Da redação)

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