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Mano Menezes dispara sobre bolha financeira de clubes: ‘não conseguirão pagar’

O impacto da bolha financeira no mercado de transferîncias do futebol brasileiro

Recentemente, o mercado de transferências do futebol brasileiro vem se destacando pelos valores elevados das negociações. Mano Menezes, técnico do Fluminense, argumenta que essa situação faz parte de uma “bolha” que pode estourar em breve. Ele acredita que manter altos valores a longo prazo é insustentável, considerando o contexto econômico presente no Brasil.

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Com vasta experiência em clubes de destaque no futebol brasileiro, como Cruzeiro, Palmeiras, Corinthians, Flamengo, Grêmio, Internacional e Bahia, Mano Menezes oferece uma visão crítica sobre os desafios impostos pelas negociações atuais. Desde julho de 2024 à frente do Fluminense, sua análise é de que estas transações extravagantes são difíceis de serem mantidas.

“É um momento de extrapolação na nossa realidade nacional. Não podemos nos comparar com Inglaterra ou Alemanha. Nossa realidade de economia é diferente. Estamos vivendo uma realidade de bolha que será furada logo ali na frente. Os clubes não vão conseguir honrar compromissos e sustentar negociações desse tamanho. Não temos receitas para isso. Estamos falando para a média do nosso clube. Há duas ou três exceções. Eles podem fazer negociações diferentes da realidade. Aqui no Fluminense a gente tem que trabalhar com números mais abaixo e encontrar soluções que as mesmas que eles podem encontrar. Não acredito que os clubes vão suportar isso por muito tempo. É meio que uma realidade cíclica. Quando aparece um dinheiro novo, a gente começa a fazer negociações mais altas. Mas daqui a pouco esse dinheiro novo acaba, e a realidade dura chega, porque tem que honrar esses compromiss”, afirmou em entrevista para a TNT.

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Impactos das Transferências Milionárias no Futebol Brasileiro

O mercado naturalizou cifras impressionantes em negociações de jogadores no Brasil. Exemplos como a transferência de Paulinho para o Palmeiras por R$ 115 milhões e de Fabrício Bruno para o Cruzeiro por R$ 45 milhões refletem essa tendência. No entanto, Mano Menezes alerta que tais valores não são sustentáveis a longo prazo para a maioria dos clubes brasileiros.

Ele pontua que, ao contrário de países com economias mais fortes, como Inglaterra e Alemanha, o Brasil ainda enfrenta desafios consideráveis. Portanto, é imperativo que os clubes brasileiros adequem suas finanças à realidade econômica para garantir estabilidade e evitar compromissos que não poderão honrar.

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Desafios de Sustentabilidade para os Clubes Brasileiros

Na visão de Mano Menezes, essas transferências elevadas não se manterão por muito tempo. Ele descreve um ciclo onde novas injeções de capital elevam os valores das transferências, realidade que muda com a diminuição do fluxo de dinheiro. Isso dificulta o cumprimento dos compromissos financeiros quando o capital é escasso.

Somente um pequeno grupo de clubes pode suportar esse padrão. A grande maioria precisa buscar soluções criativas e eficientes para competir no mercado sem prejudicar a saúde financeira. O risco está nas obrigações assumidas que se tornam insustentáveis quando o “dinheiro novo” desaparece.

Estratégias para Superar os Desafios Financeiros

Para lidar com essa situação desafiadora, os clubes têm algumas opções. Investir nas categorias de base e formação de jogadores pode diminuir a dependência de contratações caras. Parcerias estratégicas e acordos de patrocínio são meios eficazes de gerar receitas adicionais.

Outro caminho é manter rigorosa gestão financeira, buscando eficiência em todas as áreas do clube. Utilizar bem os recursos existentes e buscar novas fontes de receita são práticas fundamentais para enfrentar períodos econômicos desafiadores.

Em resumo, o mercado de transferências do futebol brasileiro enfrenta um ponto crucial que exige mudanças para evitar crises financeiras nos clubes. A análise de Mano Menezes ressalta a importância do planejamento e da prudência na gestão financeira para assegurar um futuro sustentável no futebol brasileiro.

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