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Malcom nega racismo no Zenit e cogita até defender seleção russa

Atacante brasileiro disse que pretende permanecer no clube de São Petersburgo e abriu as portas para a naturalização

O atacante Malcom vive um momento de renovação em São Petersburgo. Há um ano, o jogador revelado pelo Corinthians chegava ao Barcelona com esperanças de brilhar ao lado de Lionel Messi e reencontrar o técnico Tite na seleção brasileira. As chances no Camp Nou, no entanto, foram raras e o jovem de 22 anos decidiu buscar um novo desafio no Zenit, popular equipe russa. Suas primeiras semanas no Leste Europeu foram bastante atribuladas, mas Malcom disse estar satisfeito. Tanto que já abre as portas até para defender a seleção russa.

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“Eu não sei, tudo pode acontecer. Se a seleção brasileira não me chamar e a equipe russa mostrar interesse, pode ser”, afirmou Malcom, em entrevista ao site russo Sport24. O jogador campeão brasileiro pelo Corinthians em 2015 já defendeu as seleções de base do Brasil e ganhou uma chance de Tite em setembro do ano passado – foi convocado, mas não participou dos amistosos contra Arábia Saudita e Argentina.

Por não ter disputado nenhum jogo oficial pela seleção adulta do Brasil, Malcom estaria apto a defender outro país. No entanto, ainda segundo as normas vigentes da Fifa, precisaria viver ou atuar por cinco anos no novo país antes de obter a naturalização. Três brasileiros já defenderam a seleção russa: o goleiro Guilherme Marinato, o lateral-direito Mario Fernandes e o atacante Ari.

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Na mesma entrevista, Malcom negou que tenha sido vítima de racismo e que tenha cogitado deixar o clube russo, conforme noticiado na Europa e reproduzido em seu país. “O que dizem no Brasil é mentira. Estou feliz por estar no Zenit, esta é uma etapa importante para mim, quero fazer história aqui.”

Uma faixa exposta na Arena do Zenit, no último dia 3 levantou as denúncias de racismo. “Obrigado aos diretores por respeitarem nossas tradições”, dizia uma mensagem atrás do gol. Jornais europeus, como o francês L’Équipe, consideraram a mensagem como uma ironia, levando em consideração o histórico racista de uma parte da torcida do Zenit, que é abertamente contra a contratação de estrangeiros.

O clube de São Petersburgo, que desembolsou 40 milhões de euros (172,8 milhões de reais) para tirá-lo do Barcelona, se pronunciou e disse que as notícias foram mal interpretadas pela imprensa ocidental. “O Zenit mantém uma larga tradição de contratar os melhores jogadores de todo o mundo, independentemente de suas origens, etnia e nacionalidade”.

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