Lewandowski admite abatimento por perder Bola de Ouro para Messi
Atacante do Bayern de Munique diz ter ficado triste por dias após resultado do prêmio e não viu sinceridade em declarações do rival pedindo troféu para ele
O atacante polonês Robert Lewandowski confessou ter ficado abatido por dias pela não conquista da Bola de Ouro, tradicional premiação anual entregue pela revista francesa France Football ao melhor jogador da temporada. Em entrevista ao canal Kanale Sportowym, o jogador do Bayern de Munique não escondeu a tristeza pelo prêmio conquistado pelo argentino Lionel Messi, do Paris Saint-Germain, e ainda duvidou da sinceridade da fala do adversário em seu discurso de que também merecia vencer.
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“Falando dos meus sentimentos e emoções, passei um mau momento na semana passada. Não vou mentir, fiquei triste. Não foi fácil jogar sem essa felicidade que me faltava. Não estava feliz, pelo contrário”, declarou o jogador.
“Obviamente eu respeito a forma como o Messi joga, o que ele conquistou e o nível que tem. O simples fato de poder disputar com ele é para mim um indicador do meu próprio nível. Eu o aprecio muito, me deixa muito orgulhoso, mas dentro de mim senti uma tristeza que não foi de um ou dois dias, mas muitos mais”, completou.
Em cerimônia realizada no último dia 29, no Théâtre du Châtelet, em Paris, Messi superou Lewa, segundo colocado, e o ítalo-brasileiro Jorginho, do Chelsea, que completou o pódio.
Ao receber o prêmio, o argentino prestou uma homenagem ao polonês, que era o favorito de 2020, mas foi prejudicado pelo cancelamento do prêmio em razão da pandemia de Covid-19. “Quero dizer a Robert (Lewandowski) que é uma honra disputar com ele, todos concordamos que ano passado ele merecia essa Bola de Ouro, então espero que a France Football te entregue esse prêmio”.
Na ocasião, o jogador recebeu o prêmio de artilheiro do ano. O atacante do Bayern de Munique fez 63 gols na temporada, 19 a mais que o segundo colocado, Kylian Mbappé. Na disputa com Messi, ele somou 580 pontos contra 613 do argentino em um júri composto por 180 jornalistas.
“Gostaria que fosse uma declaração sincera de um grande jogador e não apenas palavras. Claro, não quero ficar orgulhoso ou entusiasmado, mas, como disse, há toda uma eleição baseada em tudo o que está sendo feito. Já estou focado em outra coisa, mas estar tão perto e ao mesmo tempo tão longe deixa esse sentimento tão amargo. Tudo o que eu carrego pode demorar um pouco para passar”, concluiu.
Agora, os rivais devem estar frente a frente novamente em outra importante cerimônia, o prêmio The Best, entregue pela Fifa em 17 de janeiro. O polonês é o atual vencedor da premiação.