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Leila Pereira põe fim à hegemonia de Mustafá Contursi no Palmeiras

Alteração na duração do mandato presidencial, aprovada pelo conselho deliberativo do clube, beneficiou a dona da Crefisa, que poderá ser candidata em 2021

Em pouco mais de três anos, Leila Pereira conseguiu o que nenhuma outra pessoa, conselheira ou presidente, havia feito no Palmeiras: acabar com a hegemonia de Mustafá Contursi no Conselho Deliberativo (CD) do clube, que perdurava desde de que seu ciclo como mandatário foi encerrado, em 2005. A força da dona da Crefisa, que começou a patrocinar o Palmeiras em 2015, ficou evidente na noite desta segunda-feira.

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Em reunião do CD, foi aprovada a alteração no tempo de mandato de dois para três anos com direito a reeleição. Tratou-se de uma vitória para Leila Pereira e o atual presidente Mauricio Galiotte. Graças à medida, a conselheira poderá se candidatar à presidência em 2021, enquanto Galiotte será candidato ao próximo pleito, que perdurará três anos. Paulo Nobre e Mustafá Contursi eram contrários à alteração.

As disputas só evidenciam como é confuso o cenário político do Palmeiras. Mauricio Galiotte está no poder graças a Paulo Nobre tê-lo indiciado como sucessor. O atual presidente, foi candidato único ao final de 2016, quando Mustafá Contursi colaborou para costurar uma trégua com grupos opositores e eleger o atual mandatário. Neste raro momento, o quarteto esteve junto politicamente.

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Com pouco tempo no comando do clube, porém, Galiotte rompeu com Paulo Nobre por conta da eleição de Leila Pereira ao Conselho Deliberativo. Na ocasião, além do atual presidente, a empresária teve o apoio de Mustafá Contursi, que ajudou a comprovar no CD que seu título de sócia é datado de 1996, contrariando Nobre, que tentou impugnar a candidatura dela ao cargo alegando que o título era de 2015.

Durante certo período, Leila, Galiotte e Musfatá estiveram lado a lado no Palmeiras, mas um escândalo sobre Mustafá supostamente vender de forma irregular ingressos recebidos de Leila Pereira fez com que o grupo rachasse novamente e o ex-presidente se juntasse a Nobre contra a patrocinadora, que passou a fazer duras críticas ao antigo aliado.

Na alteração do mandato presidencial, Leila/Galiotte venceram, mas a rixa vai esquentar de novo em novembro. Ainda não há chapas definidas para a disputa presidencial deste ano, mas a tendência é que o atual presidente busque a reeleição contra Genaro Marino, seu atual primeiro vice e que deverá ser apoiado por Nobre/Mustafá. Os grupos precisam da aprovação do filtro do Conselho Deliberativo para concorrerem na eleição entre os associados.

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Apesar de ouvir apelos de seus correligionários para se candidatar, Paulo Nobre não está disposto a voltar a mergulhar de forma tão intensa na política alviverde neste ano. No entanto, nos bastidores do clube já se comenta que existe a possibilidade de o ex-mandatário voltar a se candidatar em 2021, já que ele, apoiado por Mustafá, é visto como o único capaz de vencer Leila Pereira.

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