LeBron James a caminho de fazer história
O ala do Lakers está a um jogo de se aproximar das conquistas e do tamanho da lenda Michael Jordan. Nesta sexta, pode se sagrar tetracampeão da NBA
O Los Angeles Lakers está mais próximo do que nunca da conquista de seu 17º título da NBA, a liga de basquete profissional dos Estados Unidos. Liderados por LeBron James e Anthony Davis, o time foi praticamente impecável nos playoffs disputados na “bolha” de Orlando. Perdeu apenas quatro partidas até agora. A partir das 22h (de Brasília) desta sexta-feira, 9, o time californiano fará o quinto jogo contra o Miami Heat – entra em quadra com a confortável vantagem de 3 vitórias a 1. Está, portanto, a uma partida de se sagrar campeão.
Apesar da nítida vantagem, LeBron James acredita que ainda não seja hora de celebrações e pede cautela. Mira-se no exemplo de Kobe Bryant de 2009, que liderava o fortíssimo Lakers nas finais contra o Orlando Magic, mas avisou: “o trabalho não está finalizado”. Os Lakers venceram por 4 a 1. E é justamente Bryant, o “Black Mamba”, morto em um acidente de helicóptero no início deste ano, quem “King James” quer homenagear com uma nova conquista.
Para LeBron, vencer a incomum temporada do ano da pandemia seria um modo de gravar de vez seu nome no olimpo do basquete e além. Para o jogador de 35 anos, e também para boa parte da crônica esportiva e dos torcedores, o título encurtaria a distância entre ele e Michael Jordan, celebrado como o maior jogador de basquete de todos os tempos.
O ala entrará para o hall da fama do basquete no final de sua carreira, isso é um fato, inquestionável. Caso seja campeão este ano, seu nome estará numa lista com outros 23 hall of famers com no mínimo quatro títulos, além de se tornar um dos raros jogadores a ganhar um título por três equipes diferentes. Já em final de carreira e com, no máximo, outros cinco anos na NBA, é fundamental, portanto, conseguir o quarto anel o mais rapidamente possível – e tudo indica, salvo uma surpresa muito grande, que a história se fará na noite desta sexta-feira. A estatística dá as mãos ao craque. Ele apareceu em oito finais num período de dez anos. Foi o jogador mais valioso (MVP, na sigla em inglês) quatro vezes em cinco anos.
Mas é sempre bom lembrar, por óbvio que pareça, que o basquete é esporte coletivo. Um outro jogador, o ala-pivô Anthony Davis, foi crucial durante os playoffs. Davis tem médias de 26 pontos por partida, 9 rebotes, 4 assistências e 2 tocos nas finais. São números muito próximos ao de Lebron que desponta com 28 pontos, 11 rebotes e 9 assistências. O entrosamento de Lebron e Anthony Davies é um espetáculo que lembra os Lakers a parceria de Shaquille O’Neal e Kobe no início dos anos 2000. O sucesso da dupla é coroado por um elenco de apoio muito bem treinado pelo técnico Frank Vogel.
E o Miami Heat? Sabe estar em maus lençóis. O time foi o grande azarão da temporada, mas chegar aonde chegou com placar adverso de 3 a 1 torna o sonho de virada quase impossível, apesar de Jimmy Butler e seus companheiros não desistirem facilmente. O alento: em 2016 o Cleveland Cavaliers perdia por 3 a 1 para o Golden State Warriors e virou. Mas havia torcida, jogo em casa e fora de casa, e havia LeBron James no Cavaliers. Ele faz a diferença.