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Lamine Diack, ex-chefão do atletismo, é condenado a dois anos de prisão

Ex-dirigente senegalês de 87 anos foi considerado culpado de aceitar propinas para encobrir resultados dos testes antidoping

O senegalês Lamine Diack, ex-presidente da Associação Internacional das Federações de Atletismo (Iaaf, na sigla em inglês, atualmente chamada de World Athletics) foi condenado nesta quarta-feira, 16, em Paris, na França, a passar pelo menos dois anos na prisão, por corrupção em um escândalo de doping na Rússia.

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Diack, de 87 anos, foi considerado culpado de aceitar propinas de atletas suspeitos de doping, para encobrir os resultados dos testes e permitir que continuassem competindo, inclusive na Olimpíada de Londres 2012. O tribunal determinou a Diack uma sentença de prisão de quatro anos, dois dos quais foram suspensos e ainda impôs multa máxima de 500.000 euros (3,1 milhões de reais), segundo informações da agência Reuters.

O tribunal também considerou Diack culpado de aceitar dinheiro russo para ajudar a financiar a campanha de Macky Sall para as eleições presidenciais de 2012 no Senegal, em troca de atrasar os procedimentos antidoping.

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Os promotores disseram que Diack solicitou propinas totalizando 3,45 milhões de euros (21 milhões de reais) de atletas suspeitos de uso de drogas. O juiz considerou que as ações “minaram os valores do atletismo e da luta contra o doping”.

Diack já foi um dos homens mais influentes no esporte, liderando a Iaaf, atualmente chamada World Athletics, de 1999 a 2015. Seu filho, Papa Massata Diack, ex-chefe de marketing da entidade, também é acusado de corrupção. A pena pedida pela promotoria é de cinco anos de prisão.

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