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Lais Souza volta ao Brasil pela primeira vez após acidente

Ela desembarcou na manhã deste sábado no Rio e deve ser homenageada na terça

Quase um ano depois do acidente que a deixou tetraplégica, em janeiro, a ex-ginasta Lais Souza voltou ao Brasil pela primeira vez. Procedente dos Estados Unidos, Lais desembarcou na manhã deste sábado no Rio de Janeiro, dia em que completa 26 anos. Depois de ficar em recuperação do acidente que sofreu quando treinava para os Jogos Olímpicos de Inverno, ela vai continuar seu tratamento no Brasil. Até a semana passada, sua programação incluía presença na cerimônia de entrega do Prêmio Brasil Olímpico do COB, na terça-feira, no Theatro Municipal do Rio. Depois, deve passar as festas de fim de ano com a família em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo.

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Como ginasta, Laís esteve na Olimpíada de Atenas, em 2004, e se aventurava num novo esporte, o esqui aéreo, quando sofreu o acidente no dia 27 de janeiro. Ela treinava em Salt Lake City, nos Estados Unidos, e representaria o Brasil nos Jogos de Inverno em Sochi, em fevereiro, na Rússia. Após se chocar com uma árvore, Laís foi socorrida em Salt Lake City, e depois foi transferida para o Hospital da Universidade de Miami, um centro de referência no tratamento de pacientes com lesão na medula. Lá é acompanhada de perto pelo médico brasileiro Antônio Marttos Júnior, que também é funcionário do COB.

Em Miami, Lais Souza recebeu uma camisa da seleção e disse que verá ao amistoso contra a Colômbia
Em Miami, Lais Souza recebeu uma camisa da seleção e disse que verá ao amistoso contra a Colômbia VEJA

Desde junho, quando recebeu alta hospitalar, ela vive em um apartamento custeado pelo COB na região central de Miami. Nesse período, Lais passou por um tratamento com células-tronco – a terceira e última cirurgia para implantação aconteceu no dia 4 de dezembro. E, com uma recuperação surpreendente, voltou a respirar, comer e falar normalmente.

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Segundo o doutor Marttos, a recuperação de Lais poderá ser realizada no Brasil com a mesma qualidade que tinha em Miami, mas o COB, “havendo necessidade de retorno aos Estados Unidos para a revisão de seu quadro clínico, ou mesmo em caso de início de outro protocolo”, dará apoio para a viagem e o tratamento dela.

Além dos recursos do COB e da Confederação Brasileira de Desportos na Neve (CBDN), Lais recebeu doações financeiras de pessoas físicas e empresas, em campanha feita por sua família, para bancar o tratamento nos Estados Unidos. O Senado já aprovou uma pensão especial vitalícia para Laís, no valor de 4.390,24 reais por mês.

(Com agência Gazeta Press e Estadão Conteúdo)

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