Lais Souza inicia segunda fase de tratamento nos EUA
Ex-ginasta já fez passeios por Miami como parte do processo de recuperação
Em processo de recuperação do grave acidente que sofreu em 28 de janeiro durante treino de esqui, quando se preparava para participar nos Jogos de Inverno de Sochi, Lais Souza entrou na segunda fase do longo tratamento pelo qual passa nos Estados Unidos. Com uma grave lesão na coluna, a ex-ginasta apresenta progressos em sua luta para recuperar movimentos e agora faz terapia de ressocialização, para que possa deixar o ambiente hospitalar. Lais está internada no Hospital Jackson Memorial, em Miami. Ela respira sem ajuda de aparelhos, se alimenta normalmente e diz ter sentido alguns estímulos nos últimos tempos.
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Lais iniciou o tratamento há pouco mais de dois meses com acompanhamento do médico Antônio Marttos Júnior, que trabalha no hospital americano, a pedido do Comitê Olímpico Brasileiro (COB). “Ela passou pela fase crítica de forma heroica e segue lutando para ter a melhor qualidade de vida possível de acordo com as limitações que tem. Lais luta pela recuperação da parte hemodinâmica e o mais importante nesse momento tem sido a reintegração dela com a sociedade. Já saiu do hospital para alguns passeios e fez questão de tomar um pouco de sol. Conseguimos levá-la a locais públicos, sempre acompanhada da equipe médica, é claro. Sorri, canta e está muito feliz por ver que consegue fazer isso. O grande passo é a segurança que ela está ganhando com essas ações. Ela tem uma força de vontade incrível.”
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Lais já foi a uma competição de atletismo torcer pela seleção brasileira, em Miami, foi a um jogo de basquete, a um show e andou de metrô, além de ter realizado exercícios na piscina. Para se locomover, a ex-ginasta é transportada por um carro adaptado e usa cadeira de rodas. “Estas vitórias são muito importantes. Ela está ciente da gravidade da lesão, do duro caminho que tem pela frente e está trabalhando para conseguir a melhor condição possível. Não podemos prometer nada, além de muito trabalho, dedicação e acesso a tudo de mais moderno que existe e existirá na medicina. O futuro vai dizer até onde ela poderá chegar”, disse Marttos Júnior.
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Tratamentos com células tronco e com um exoesqueleto, controlado pelo cérebro, estão entre os possíveis procedimentos estudados pela equipe médica que traça o planejamento de recuperação de Lais, que todos os dias enfrenta uma rotina difícil de reabilitação, com exercícios de fisioterapia motora, respiratória e terapia ocupacional.
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“Ver a Lais se divertir e sorrir espontaneamente, após ter passado por coisas tão sérias e em tão pouco tempo, nos motiva a buscar cada vez mais alternativas que possam beneficiá-la de alguma forma. Sem dúvida, esse trabalho de reintegração à sociedade, que estamos fazendo com ela, nos ensina muito mais, pois é incrível a forma bem humorada e positiva com que ela enfrenta tudo isso”, afirmou Denise Lessio, fisioterapia e amiga da ex-ginasta, que também participa deste processo de recuperação.
(Com Estadão Conteúdo)