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Justiça espanhola rejeita recurso e mantém Daniel Alves preso

Risco de fuga e indícios de que o crime foi cometido pesaram contra o atleta de 40 anos, acusado de estupro por uma mulher de 23 anos

Preso há mais de um mês, desde 20 de janeiro, sem direito a fiança acusado de cometer abuso sexual contra uma uma jovem de 23 anos em uma boate em Barcelona, Daniel Alves não poderá responder ao processo em liberdade. Nesta terça-feira, 21, o Tribunal de Barcelona rejeitou o pedido  feito pela defesa do jogador brasileiro, que desta forma seguirá preso preventivamente na Penitenciária Brians 2, na Catalunha. 

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Na decisão, os três juízes responsáveis, Eduardo Navarro, Myriam Linage e Carmen Guil, alegaram que há risco de fuga de Daniel Alves para o Brasil, além de diversos indícios do crime cometido pelo jogador de 40 anos. 

A decisão foi tomada cinco dias depois de o renomado advogado Cristóbal Martell apresentar seus argumentos da defesa de Daniel Alves. Ele defende que o sexo foi consensual e que o atleta se comprometeria a permanecer na Espanha, onde mantém negócios e é casado com a modelo espanhola Joana Sanz. Antes do escândalo, ele vinha atuando no Pumas, do México, com quem teve o contrato imediatamente rescindido.

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Durante a audiência, segundo o jornal Mundo Deportivo, Martell admitiu pela primeira vez que houve penetração vaginal entre seu cliente e a vítima na boate Sutton, em Barcelona, no dia 30 de dezembro, mas sustentou que a relação foi consensual. 

Antes o jogador brasileiro havia apresentado diferentes versões para o caso. A princípio, ele havia negado qualquer tipo de abuso, afirmou que estava apenas dançando na boate e que nem sequer conhecia a mulher, em entrevista a uma emissora espanhola, dia 5 de janeiro deste ano.

Depois, no primeiro depoimento à juíza, o jogador da seleção brasileira disse que estava no banheiro quando a mulher entrou, mas que não teve contato algum com ela. Por fim, o jogador, que é casado com a modelo espanhola Joana Sanz, admitiu a relação sexual.

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Qual pode ser a pena de Daniel Alves

As investigações seguem em andamento e podem levar a uma punição severa ao brasileiro. Desde 7 de outubro do ano passado, vigora na Espanha a Lei de Garantia da Liberdade Sexual, conhecida popularmente como lei do “só sim é sim”, e diz respeito ao que configura sexo consensual (atual versão defendida por Daniel Alves). De acordo com o jornal Mundo Deportivo, o ex-jogador de Juventus, Barcelona, PSG e São Paulo, entre outros clubes, pode pegar de um a quatro anos de prisão caso seja condenado por agressão sexual; no entanto, em casos de estupro com violência, como acusa a mulher, a pena pode chegar a 12 anos de detenção.

A denúncia se assemelha ao caso do ex-atacante Robinho, que no no passado foi condenado de forma definitiva pela Justiça italiana a nove anos de prisão pelo crime de violência sexual em grupo contra uma jovem albanesa, ocorrido em 22 de janeiro de 2013, em uma casa noturna de Milão. O ex-jogador segue vivendo em liberdade em Santos (SP), pois o Brasil não extradita seus cidadãos.

 

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