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Judô: brasileira Maria Portela é eliminada com punição polêmica

Atleta gaúcha recebeu punição por falta de combatividade no golden score contra russa Taimazova; especialistas protestaram contra a decisão

A judoca brasileira Maria Portela se despediu dos Jogos Olímpicos de Tóquio aos prantos, após uma controversa decisão da arbitragem na madrugada desta quarta-feira, 28. A atleta gaúcha foi eliminada por Madina Taimazova, do Comitê Olímpico Russo, nas oitavas de final da categoria até 70kg feminina, no golden score da luta mais longa da competição até o momento, ao receber uma terceira punição por falta de combatividade.

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Portela recebeu o terceiro shido quando o combate já se arrastava por quase 15 minutos de igualdade. No entanto, pouco antes da desclassificação,  a brasileira de 33 anos reclamou de um wazari, golpe que teria definido a luta a seu favor, não computado.

Ainda não acredito que isso aconteceu… Eu me entreguei. Eu dei tudo ali em cima, mas não deu mais uma vez. Tem coisa que a gente não controla e faltou um pouquinho mais”, desabafou Portela, chorando muito, ao SporTV após a luta. 

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A decisão da arbitragem foi extremamente contestada por especialistas em judô, como o medalhista olímpico Tiago Camilo, que comentou o duelo. “A brasileira foi claramente prejudicada nessa luta. Tanto nesse golpe não pontuado quanto na decisão do golden score nessa última punição que ela tomou”, cravou. Outro ex-judoca medalhista olímpico, Flávio Canto se referiu ao ocorrido como lamentável.

Pouco depois, em entrevista ao Comitê Olímpico do Brasil, Portela evitou culpar a arbitragem. “Se a gente não define, o árbitro tem que definir. E quem tiver um pouco mais de iniciativa, vai levar. Não foi culpa dele. Eu tinha que ter sido mais agressiva, imposto mais o ritmo, por mais que não fosse efetiva, que foi o que ela fez e acabou levando”, disse.

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