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J.Hawilla usou grampos para colaborar com o FBI

Réu confesso no escândalo de corrupção na Fifa, empresário dono da Traffic auxilia a Justiça americana desde o fim de 2013

O empresário brasileiro J. Hawilla, dono da Traffic e um dos principais envolvidos no escândalo de corrupção no futebol mundial, colabora com as investigações do FBI desde o fim de 2013, segundo informações do jornal Folha de S. Paulo desta quinta-feira. Desde então, Hawilla passou a usar grampos em conversas telefônicas que manteve com outros dirigentes e empresários acusados de receber propina em contratos com a Traffic, incluindo o ex-presidente da CBF, José Maria Marin, que segue preso na Suíça.

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Hawilla firmou, em dezembro do ano passado, um acordo com a Justiça americana, no qual admitiu sua culpa e se comprometeu a pagar 151 milhões de dólares (cerca de 473 milhões de reais), dos quais 25 milhões de dólares (78 milhões de reais) já foram pagos. No entanto, segundo o jornal, a primeira abordagem do FBI teria ocorrido cerca de um ano antes, quando o empresário de 71 anos aceitou colaborar com as investigações – assim como o americano Chuck Blazer, ex-membro do comitê executivo da Fifa e outro delator do processo.

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As ligações entre J. Hawilla, a CBF e Ricardo Teixeira

A conversa entre Marin e Hawilla obtida pelo FBI aconteceu em abril do ano passado. Em um dos trechos reproduzidos textualmente nos processos, os dois falam sobre o pagamento anual de 2 milhões de reais em propina, em contratos referentes à Copa do Brasil (torneio de clubes disputado desde de 1989). Mesmo sem citar nomes, fica claro pela descrição dos “coconspiradores” que Marin pediu a Hawilla para que a própina anual paga a seu antecessor, Ricardo Teixeira, fosse repassada a ele e outro dirigente (que poderia ser o então vice, Marco Polo Del Nero).

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De acordo com o jornal americano Miami Herald, Hawilla gravou até conversas com seu sócio americano Aaron Davidson, presidente da Traffic Sports USA (braço da empresa brasileira nos Estados Unidos). Nesta quarta, Davidson deixou a prisão após pagar fiança de 5 milhões de dólares (15,6 milhões de reais).

(Da redação)

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