Publicidade
Publicidade

Itália x Argentina: última Finalíssima foi histórica para Maradona

Em 1993, a seleção argentina bateu a Dinamarca nos pênaltis e o camisa 10 levantou o último troféu de sua carreira, então batizado de Artemio Franchi

Imprensa argentina exaltou a taça de Maradona, à época
Imprensa argentina exaltou a taça de Maradona, à época

A seleção argentina tem um compromisso importante nesta quarta-feira, 1º, às 15h45 (de Brasília): a Finalíssima 2022, diante da Itália, em Wembley, na Inglaterra. O duelo que coloca em disputa os campeões da Copa América e Eurocopa traz boas recordações para os argentinos. A última edição do torneio marcou o último título do ídolo Diego Armando Maradona, em 1993.

Publicidade

Assine #PLACAR digital no app por apenas R$ 6,90/mês. Não perca!

O encontro entre os campeões continentais da América do Sul e Europa já ocorreu duas vezes. A primeira, em 1985, terminou com vitória da França sobre o Uruguai por 2 a 0, no Parque dos Príncipes, em Paris. Após pausa de oito anos na organização, Argentina e Dinamarca decidiram o título no Estádio José María Minella, de Mar del Plata, em 1993. À época, o troféu era chamado de Artemio Franchi, em homenagem ao dirigente italiano, ex-presidente da federação italiana e da Uefa, que morreu em acidente automobilístico em 1983.

A Argentina vinha em boa fase, depois de ganhar a Copa América de 1991, e contava com um ataque estrelado: Maradona, Gabriel Batitstuta e Claudio Caniggia. Já a Dinamarca, que venceu a Eurocopa de 1992 em uma das maiores zebras da história da competição, contava com destaques como o goleiro Peter Schmeichel e Brian Laudrup (seu irmão, Michael, o craque do time, estava afastado da seleção escandinava).

Publicidade

Para a equipe do técnico Alfio Basile jogo valia como preparação para a Copa do Mundo dos Estados Unidos, à qual a Argentina chegaria com enorme dificuldade. Aos 32 anos, Maradona já vinha em claro declínio físico, atormentado por seu vício em cocaína. Ele sofreu para conseguir a liberação junto a seu clube, o Sevilla, mas acabou chegando a tempo de vestir a braçadeira de capitão em Mar del Plata.

Naquele 24 de fevereiro de 1993, a equipe da casa saiu perdendo com gol contra de Néstor Craviotto, mas em seguida Caniggia, carrasco do Brasil na Cop de 1990, empatou. A decisão foi para os pênaltis e o goleiro Sergio Goycochea repetiu as brilhantes atuações no Mundial da Itália, parando os pênalti de Kim Vilfort e Bjarne Goldbæk. Julio Saldaña marcou o gol do título, o último da carreira de Maradona, que também converteu sua penalidade. A página oficial do craque morto aos 60 anos, em novembro de 2020, recordou aquele duelo.

“Copa Artemio Franchi. Argentina, campeã da América, contra a campeã da Europa, Dinamarca. Foi seu último título oficial. As fotos com Claudio Caniggia, autor do gol, e com Goycochea, que defendeu dois pênaltis naquela noite. Seu clube não o deixava vir jogar, mas você veio do mesmo jeito. A Finalíssima desta quarta-feira junta três marcos de sua carreira: Argentina, Itália e Inglaterra. O destino, igual a nós, se encarrega de te recordar permanentemente”, escreveu a página. 

Publicidade

Já sem Maradona, a Argentina conquistaria o bicampeonato consecutivo da Copa América, mas passaria enorme sufoco para se classificar ao Mundial dos Estados Unidos. A campanha nas Eliminatórias foi marcada pela humilhante goleada por 5 a 0 diante da Colômbia, em pleno Monumental de Núñez, com Dieguito nas arquibancadas.

Mesmo longe das condições físicas ideais, o camisa 10 voltou ao time para a repescagem diante da Austrália e para a disputa da Copa nos EUA, de onde foi retirado após testar positivo para efedrina em exame antidoping. “Me cortaram as pernas. Era meu último mundial e iríamos ser campeões”, disse Diego à época, revoltado com a punição.

Ainda não assina Star+?! Clique aqui para se inscrever e ter acesso a jogos ao vivo, séries originais e programas exclusivos da ESPN!

Publicidade