Inspirado pelos EUA, Irã quer se juntar às maiores zebras
Um dia antes de enfrentar a Argentina, o selecionado persa treinou no Estádio Independência – palco da famosa vitória americana sobre os ingleses em 1950
“Nenhum jogo está ganho antes do fim, e essa é a beleza do futebol. As melhores equipes nem sempre ganham e as piores nem sempre perdem”, disse o técnico Queiroz
Na véspera da partida mais difícil de sua história, a seleção do Irã treinou no palco da zebra mais marcante de todas as Copas do Mundo – o Estádio Independência, em Belo Horizonte, onde os Estados Unidos, então uma equipe semiamadora, derrotou a Inglaterra, que entrava no torneio pela primeira vez e já chegava como grande favorita, por 1 a 0, em 29 de junho de 1950. A poucos dias do 64º aniversário da façanha dos americanos, os iranianos entram em campo neste sábado, às 13 horas (de Brasília), sabendo que têm chances remotas de bater a equipe de Lionel Messi – mas isso não quer dizer que o time já chegará derrotado ao Mineirão. “As surpresas da Copa são um incentivo para nós”, disse o técnico da equipe, o português Carlos Queiroz, que sonha, sim, com um bom resultado. Inspirados pelos EUA (quem diria!), os iranianos querem pelo menos dar trabalho ao time comandado por Alejandro Sabella.
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“Nenhum jogo está ganho antes do fim, e essa é a beleza do futebol. As melhores equipes nem sempre ganham e as piores nem sempre perdem. E estamos prontos para jogar com a Argentina.” O selecionado persa, que ficou no 0 a 0 com os nigerianos na estreia, acha que pode entrar na briga pela segunda vaga às oitavas – a primeira, eles mesmo admitem, é da Argentina. Beliscar um ponto da favorita, por exemplo, seria um grande passo rumo à fase eliminatória (na última rodada, o Irã decide seu futuro contra a Bósnia). “Não será fácil, é claro, mas queremos entrar e sair de cabeça erguida e com dignidade. Não trocaríamos esta partida por nada deste mundo, pois é uma oportunidade de ouro.” Carlos Queiroz não se deixou abater nem sequer pela invasão de torcedores argentinos em Belo Horizonte. “Haverá mais argentinos do que iranianos, mas quem sabe não conquistamos os brasileiros, para que eles estejam do nosso lado?” Nesse aspecto, Queiroz pode ficar tranquilo: a vitória já está garantida.