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Início ruim e tensão com grupo: por que Ceni está pressionado no São Paulo

Ex-goleiro e ídolo histórico do clube paulista não convence no começo de segunda passagem e enfrenta problemas dentro e fora dos campos

Dez títulos internacionais, três campeonatos brasileiros consecutivos, 1.237 jogos e 131 gols vestindo a camisa 1 do São Paulo. Nenhum desses números de Rogério Ceni como jogador podem ser considerados para a jornada como treinador. Exemplo disso é o atual trabalho no tricolor paulista – clube no qual é ídolo.

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Com o segundo pior início da sua carreira e aproveitamento mais baixo entre técnicos do time desde 2015, além de dúvidas sobre o relacionamento com o elenco, ele ainda não venceu em 2022. No olho do furacão, a equipe enfrenta o Santo André nesta quarta-feira, 9, às 19h (de Brasília), no Morumbi.

Ceni iniciou a sua carreira como treinador pelo próprio São Paulo, em uma aposta, em 2017. Após se aposentar e estudar na Europa em busca de se formar à beira do campo, o ex-goleiro recebeu a primeira chance logo no time de seu coração.

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Em um recorte dos 16 primeiros jogos (tendo em vista que no atual trabalho é o número total de jogos), venceu oito, empatou cinco e perdeu três, um aproveitamento de 50%. Princípio empolgante finalizado em sete meses – com apenas 37 partidas – e uma saída conturbada em razão de problemas com a diretoria.

Após boas passagens por Fortaleza, interrompida por breve passagem pelo Cruzeiro, Rogério conquistou o Campeonato Brasileiro de 2021 com o Flamengo, o que também não garantiu a permanência no clube carioca. O destino: uma segunda chance no São Paulo, que, até então, tem início desastroso.

Rogério Ceni e Michael Beale durante a primeira passagem, em 2017 -
Rogério Ceni e Michael Beale durante a primeira passagem, em 2017 –

Com cinco vitórias, quatro empates e sete derrotas, 39% de aproveitamento, o começo do trabalho é o pior entre todos os treinadores do clube paulista desde Doriva, em 2015, que finalizou o período no clube após sete jogos, com 33% de aproveitamento.

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Excluindo a passagem pelo Cruzeiro, Ceni costumou ter bons inícios do trabalho Porém, no São Paulo, desde a chegada, não consegue fazer o elenco com bons jogadores como Rafinha, Calleri, Miranda e Nikão render.

O problema, no entanto, pode ter raízes extracampo, segundo apuração do UOL Esporte. A matéria publicada nesta semana afirma que um clima de descontentamento tomou o plante são-paulino, em decorrência de cobranças excessivas que geram constrangimentos nos atletas.

A personalidade do ex-goleiro sempre foi assunto quente, incluindo quando atuava, com problemas também na relação entre funcionários e dirigentes. Rogério Ceni, da mesma forma, sempre criticou a estrutura do São Paulo e mostra em entrevistas coletivas certo pessimismo quanto ao futuro na temporada.

Veja os 16 primeiros jogos nos trabalhos de Rogério Ceni

São Paulo (2017) – 8 vitórias, 5 empates e 3 derrotas
50% de aproveitamento

Fortaleza (2018) – 12 vitórias, 1 empate e 3 derrotas
77% de aproveitamento

Cruzeiro (2019)* – 2 vitórias, 2 empates e 4 derrotas
33% de aproveitamento

Fortaleza (2019) – 7 vitórias, 6 empates e 3 derrotas
56% de aproveitamento

Flamengo (2020) – 7 vitórias, 4 empates e 5 derrotas
52% de aproveitamento

São Paulo (2021) – 5 vitórias, 4 empates e 7 derrotas
39% de aproveitamento

*Rogério não completou 16 jogos no Cruzeiro. Ele deixou o clube em 26 de setembro de 2019 com apenas 8 partidas

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